Polivalência sempre foi uma característica de Zezinho desde as categorias de base do Juventude. Mas quando o então atacante deixou o Rio Grande do Sul, em janeiro de 2010, para jogar no Santos de Neymar, acreditava que se firmaria na posição. Um ano e nove meses depois, ao chegar no CT do Caju, entretanto, foi obrigado a voltar à época de escolinha.Nesta temporada, a segunda no Atlético, Zezinho já foi meia-atacante, meia de organização e volante. Na última quarta-feira, cumpriu uma quarta função pelo time. Por causa da lesão de Willian Rocha, quebrou o galho de lateral-esquerdo na vitória sobre o Santos, na Vila Capanema.
Situação que certamente não lhe é estranha. "Ele começou de volante, mas jogou na lateral, na meia, de atacante. Tinha muito recurso e técnica muito acima da média. E essa variação ajudou no seu desenvolvimento", garante Jonas da Rosa, coordenador das escolinhas do Juventude, que conheceu Zezinho com 12 anos.
Jogador que mais atuou pelo clube em 2013, o gaúcho, hoje com 21 anos, parece incansável. Foram 2.406 minutos em campo 19 a mais do que o lateral Léo, com quem conviveu durante o primeiro semestre todo.
A diferença está na faixa de capitão. Zezinho foi o principal líder da equipe sub-23 atleticana que conquistou o vice-campeonato estadual. Enquanto o grupo principal treinava e fazia amistosos, o atleta participou de 18 partidas, todas como titular, com três gols marcados. Somadas às participações na Copa do Brasil e no Nacional, ele chegou à marca de 32 jogos disputados.
A carreira da revelação de Uruguaiana, porém, quase não decolou. Aos 17, após fazer testes no inglês Arsenal, voltou ao Juventude e teve os direitos econômicos comprados por um grupo de investidores. Por empréstimo, passou sem sucesso por Santos e Bahia. "Ele teve uma fase difícil. Conviveu com más amizades e acabou se deslumbrando um pouco", relembra Rosa.
Foi quando o Furacão apareceu na vida dele. Trazido pelo ex-diretor de futebol Sandro Orlandelli no ano passado, abandonou o ataque de vez. O técnico Juan Ramón Carrasco foi quem o deslocou para o meio de campo, voltando às origens da escolinha em Caxias do Sul.
"Foi bom que ajudei da melhor forma. Espírito de grupo é assim. Quem quer almejar algo tem de se desdobrar", falou Zezinho, de atuação espetacular contra o Peixe, segundo o técnico Vagner Mancini.
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