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Pacto

A confiança do elenco, recuperada pelo técnico Vagner Mancini, é o que faz o Atlético surpreender no Brasileiro até o momento, após uma largada claudicante. Com 21 pontos, o Rubro-Negro, segue perto da zona de classificação à Libertadores.

"Desde que cheguei, é o melhor momento, com certeza. Sei que posso olhar para o lado e confiar que o companheiro vai correr por mim", fala o volante Bruno Silva, que deve ter Zezinho ao seu lado como volante. Sem Pedro Botelho, Léo deve fazer a lateral esquerda, enquanto Éderson será titular no ataque com a suspensão de Dellatorre.

"Fechamos um pacto. Não tem desconfiança. É o ingrediente chave. Todo mundo confia em todo mundo. Os resultados estão acontecendo e a tendência é continuar", conclui Silva.

A campanha de recuperação do Atlético no Brasileiro já cravou um lugar na história. Com 21 pontos em 14 rodadas – e 50% de aproveitamento – a equipe entra na Vila Capanema, hoje, às 18h30, para enfrentar o Criciúma, com o melhor aproveitamento do clube, ao lado da campanha de 2004, no início do campeonato desde que o sistema de pontos corridos foi implantado, há dez anos.

Embalado desde a estreia de Vagner Mancini no Brasileiro (21/7), o Rubro-Negro soma sete partidas de invencibilidade. Se pelo menos empatar com o Tigre, chega a oito duelos consecutivos sem derrotas no Nacional, situação que aconteceu pela última vez em 2007.

E deixar a boa fase passar não está nos planos do elenco, que teve evolução radical nas mãos do novo treinador. Em seis jogos com o antecessor, Ricardo Drubscky, o Furacão estava na zona de rebaixamento e havia somado somente seis pontos.

"As coisas melhoraram muito e é grande o mérito dele [Mancini] em relação a isso. A gente está feliz pelos resultados e por jogar bem", discursou Paulo Baier, após o empate com o São Paulo, fora de casa.

A felicidade alavancou o time, que passou a vencer em casa, coisa que antes não parecia possível. O número de gols sofridos também caiu – de 2,1 para 1 gol por partida. A ofensividade, principal legado deixado por Drubscky, continua. A grande diferença são os resultados.

Apesar da reação, o Atlé­­tico ainda não conseguiu cravar sua posição entre os quatro primeiros colocados. O feito, que poderia ter sido conquistado nas duas últimas rodadas, entretanto, não é prioridade.

"A gente quer entrar no G4. Poderíamos ter conseguido no jogo com o Inter e com o São Paulo, estamos querendo. Mas é algo que vai acontecer naturalmente", diz o volante Bruno Silva, em entrevista à rádio oficial do clube. "Temos de ter calma, não podemos pular etapas. Se conseguirmos a vitória aqui, mas não entrarmos, tudo bem. Vamos continuar trabalhando. Cada vitória é um passo fundamental", acrescenta o jogador, titular contra o rebaixável Tigre hoje.

A campanha dos catarinenses é bom presságio para o Furacão. Fora de casa, o Criciúma só conquistou um dos 18 pontos possíveis – em quatro desses jogos, foi vazado três vezes. Enquanto isso, o Furacão venceu os dois últimos duelos na Vila Capanema, contra Goiás e Bahia. Em ambos, não sofreu gol.

Ainda assim, ninguém espera facilidade. "Eles disputam tudo como se fosse uma final. Mas estamos preparados para fazer a nossa parte", garante Bruno Silva.

Lance a lanceAtlético x Criciúma, às 18h30www.gazetadopovo.com.br/esportiva

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