Com a demissão do técnico Emerson Leão, na última terça-feira (27), Milton Cruz assumiu novamente o comando do São Paulo interinamente. Com a autoridade de quem já esteve nesta situação em 16 partidas - com seis vitórias, seis empates e quatro derrotas - o auxiliar descartou qualquer interferência da diretoria, incluindo o presidente Juvenal Juvêncio, em suas escalações.
"Nunca ninguém mexeu na minha escalação, nem o senhor Juvenal (Juvêncio), nem o doutor João Paulo (de Jesus Lopes, vice-presidente de futebol) e nem o Adalberto (Baptista, diretor de futebol)", garantiu. "Vou fazer algumas alterações, mas o senhor Juvenal nunca interferiu em nada", completou.
Em 18 anos trabalhando na comissão técnica do clube, além de sete como jogador, Milton Cruz ficou conhecido pelas indicações de atletas e pelo bom relacionamento com os jogadores. Ele próprio exaltou sua trajetória no São Paulo. "Tenho uma história muito bonita aqui", comentou.
Em sua 17.ª partida no comando são-paulino, o técnico interino prometeu fazer mudanças e pode colocar a equipe em campo diante do Cruzeiro, neste sábado, às 16h20, pela sétima rodada do Brasileirão, no esquema 3-5-2. Antes de fazer qualquer alteração no entanto, ele conversará com os jogadores, principalmente Cortez, Cícero e Jadson, que vem sendo criticados pela torcida.
"Vou conversar com os jogadores para saber se eles estão aptos a jogar como estou pensando. O Jadson jogou muito tempo fora e não sei se ele está acostumado a jogar com três zagueiros", comentou. "Ou, de repente, posso manter o mesmo time que jogou contra a Portuguesa, mas com uma postura diferente", completou.