Agressões e ironias elevam a rivalidade entre Paraná e Atlético. Clássico define vaga na final

Adversários por uma vaga na final do Estadual, Paraná e Atlético medem forças neste domingo (24), às 16 h, na Vila Capanema, em um duelo marcado por uma rivalidade crescente, dentro e fora de campo.

SERVIÇO: tudo sobre o clássico na Vila Capanema

Nesta temporada, o clima tenso entre rubro-negros e tricolores começou em janeiro, antes mesmo da bola rolar. Enquanto instalava o gramado artificial na Arena, o Furacão contatou o coirmão para utilizar o Durival Britto em duas datas. Porém, a pedida do aluguel foi de R$ 100 mil/jogo, fato que levou ao primeiro embate.

“O PC [Paraná Clube] continua no século 20, com pruridos! A diretoria não aprovou alugar o estádio para o CAP! Eles não precisam de caixa! (risos)”, escreveu o presidente do Conselho Deliberativo atleticano, Mario Celso Petraglia, no Twitter.

O presidente paranista, Leonardo Oliveira, retrucou dizendo que Petraglia é “insignificante”. A resposta, mesmo, veio em campo. Antes do confronto pela primeira fase, Oliveira assinou nota oficial em que afirma que o clube não é mais ‘bonzinho’. A atitude inflamou a torcida e também o time, que venceu por 1 a 0 e quebrou jejum de dois anos (três partidas) sem vitória sobre o vizinho da Rua Engenheiros Rebouças.

No gramado, após os 90 minutos, os ânimos também esquentaram, com empurra-empurra e mais provocações.

No sábado (16), os comandados de Paulo Autuori deram o troco, abrindo vantagem na semifinal com o triunfo por 2 a 1. Um empate classifica o Furacão, enquanto o Tricolor precisa vencer para levar a decisão para os pênaltis (vantagem de um gol) ou classificar direto (dois ou mais gols de diferença).

Apesar do revés, o presidente do time da Vila Capanema não deixou barato. “O torcedor deles não fez a obrigação, colocou uma mixaria no estádio [14.796 pagantes] e o nosso torcedor vai encher nossa casa”, discursou Oliveira, apostando no público para chegar à final estadual pela primeira vez desde 2007.

Nos últimos dez anos, o domínio vermelho e preto é amplo e isso explica em parte a tensão: são 14 vitórias, quatro empate e seis derrotas diante do adversário.