Os principais postulantes ao título do Campeonato Paranaense apostam na experiência para chegar à conquista estadual. Atlético , Coritiba , J. Malucelli, Londrina e Paraná contam com jogadores com vasta bagagem em seus elencos, e depositam neles as esperanças de manter o equilíbrio e não sofrer com a pressão nas decisões.
O Tricolor, com 28,5 anos; o Coxa (28,3); e o Jotinha (28) têm a maior média de idade entre seus titulares. O Furacão, por sua vez, é a equipe mais jovem, com média de 25 anos. No meio disso, o Tubarão aparece com 26,4 anos.
Em termos individuais, o jogador mais rodado da competição é o goleiro Marcos, do Paraná, com 39 anos, seguido de perto pelo zagueiro Valdomiro, do Jotinha, com 37.
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Representante do grupo dos jogadores mais experientes, o lateral coxa-branca Ceará, de 35 anos, diz acreditar que a vivência no futebol ajuda o jogador a esquecer o entorno e apostar no trabalho que faz. Segundo ele, os veteranos lidam melhor com a pressão quando as coisas não andam bem em campo. “O futebol tem altos e baixos. A vivência nele nos ensina a não oscilar com o momento, a ter convicção do que sabe e do que é capaz de fazer”, destaca.
Para o defensor, jogadores com maior tarimba têm a responsabilidade de mostrar aos mais jovens o caminho a seguir. ”Nos momentos adversos, a gente procura passar para o elenco que é possível sair da fase ruim, dar a volta por cima, acreditar na qualidade da equipe”, ressalta.
Também entre os mais rodados do campeonato, o zagueiro Leandro Silva, de 30 anos, vê na experiência um fator fundamental para o aproveitamento de uma equipe. O jogador, que vem atuando como volante neste Paranaense, aponta também vantagens técnicas, já que o atleta com mais vivência enxerga e explora melhor as deficiências do adversário. “Em decisões, cada jogo é fundamental. Pela trajetória que você tem, você sabe aproveitar melhor a dificuldade do oponente”, afirma.
Coritiba e Paraná são os que mais apostam na experiência entre seus titulares, com cinco veteranos entre os 11. O Jota tem três; o Londrina, dois; e o Atlético, apenas um jogador com mais de 30 anos na formação ideal. Mas o aproveitamento em cada equipe é diferente. O alviverde, por exemplo, tem uma distribuição maior de seus trintões. Já no Tricolor eles estão mais concentrados no setor defensivo.
Segundo Leandro Silva, não existe uma fórmula para mesclar juventude e experiência. “Entendo que distribuir é um modo mais adequado. Veteranos dão mais cadência, orientam, o que ajuda a equipe. Mas o jovem corre mais, tem mais fôlego e disposição. É preciso balancear para ter o máximo dos dois”, conclui.
Menos cotados, PSTC, Foz do Iguaçu e Toledo, os outros times das quartas de final, ainda sobrevivem na briga pelo título, mas largaram os confrontos em grande desvantagem e precisam de vitórias contundentes neste fim de semana para avançar.
Base pouco aproveitada
Jogadores formados nas categorias de base são minoria entre os titulares de Coritiba, J. Malucelli e Paraná, times que abriram boa vantagem na luta para alcançar as semifinais do Paranaense, e também nos times-base de Atlético e Londrina, que disputam a outra vaga do mata-mata neste domingo (10). Somente 11 jogadores das cinco equipes são pratas da casa – 20% do total.
O Coxa, que venceu o Toledo no primeiro jogo por 2 a 0, tem os zagueiros Juninho e Luccas Claro e o meia Dudu entre os titulares forjados no CT da Graciosa. Já o Paraná, que goleou o Foz por 3 a 0 na ida, sustenta o zagueiro Alisson e o volante Jean no 11 inicial regular – o goleiro Marcos, revelado nos anos 90, não entra na conta.
Segundo colocado na primeira fase, o Jotinha tem apenas o meia Tomas Bastos como representante da base entre os titulares. O atleta, que deu uma assistência na vitória por 3 a 0 sobre o PSTC, é destaque da equipe do Barigui. No Furacão, o volante Otávio e os meias Marcos Guilherme e Pablo foram formados em casa. O volante Bidía e o lateral Raí são os representantes do Tubarão nesse quesito.
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