A atuação decisiva e os dois gols de Carlinhos na vitória sobre o Operário, no último domingo (22), não apenas ajudaram a classificar o Paraná para a fase final do Estadual, como realçaram o prata da casa à condição de esperança de gols.
O futuro do atacante, no entanto, pode ser longe da Vila Capanema e sem recompensa financeira para o time que o revelou. Com vínculo até 30 de outubro de 2015, já a partir de maio o atleta pode assinar pré-contrato com qualquer clube, sem custos.
De acordo com Carlos Nunes, ex-jogador e pai de Carlinhos, até o momento o jovem de 21 anos não foi consultado para renovar. Procurado, o gerente de futebol do Paraná, Marcus Vinícius, não atendeu a reportagem.
“É um jogador que tem seis anos de clube e está lutando para sobreviver. Contra o Operário, fez um gol antológico”, destaca Nunes. “Existe um investidor que detém 45% do passe dele e o Paraná tem os outros 55%”, esclarece o pai da promessa.
Os altos e baixos de Carlinhos desde que despontou na equipe principal com fama de artilheiro da base, em 2013, até o gol de placa anotado aos 26 minutos do duelo com o Fantasma, calejaram o jogador.
“A reação após o gol foi muito boa, dos jogadores, dos amigos, da família, mas prefiro não falar coisas de momento. A gente sabe a realidade do futebol, temos sempre que estar provando”, analisa o atacante, que deu um chapéu em um adversário e chutou de fora da área para marcar o primeiro gol dele contra o Fantasma.
Apesar de ter nascido no Rio de Janeiro, foi criado em Ponta Grossa. “Me criei lá, meus amigos são de lá. Mas ontem [domingo] era eu ou eles”, diz. “Na minha mesa, meu feijão primeiro”, complementa.
Apesar de jovem, Carlinhos garante não cair na armadilha que atrapalha a carreira de muitos jovens futebolistas. Discreto, o atacante diz preferir a companhia da família à badalação nos momentos de folga.
“Não acredito que o Carlinhos seja nenhum santo, mas quando ele está no período de trabalho, leva com responsabilidade, usa as férias para descansar, é disciplinado e sabe que tem que respeitar o corpo dele, porque vive disso. Não é de balada nem de se expor”, atesta Nunes.
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