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Alexandre Rocha Loures diz que sofreu represálias no clube,d urante a gestão Marcos Malucelli, por ser aliado de Mario Celso Petraglia | Jonathan Campos/ Gazeta do Povo
Alexandre Rocha Loures diz que sofreu represálias no clube,d urante a gestão Marcos Malucelli, por ser aliado de Mario Celso Petraglia| Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo
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Os clientes

Alexandre Rocha Loures dispõe em sua carteira de jogadores de oito atleticanos. Ele é procurador dos atletas e afirma não ter participação alguma nos direitos econômicos.

• Matheus: 17 anos, é goleiro da equipe juvenil. Contrato: 14/03/2014

• Diego Petri: 21 anos, é zagueiro e está emprestado ao Rio Branco. Contrato: 01/10/2013.

• Alan Bahia: 29 anos, é volante e voltou ao CT do Caju após ser emprestado para o Goiás. Contrato: 31/10/2012.

• Victor Esquerdinha: 20 anos, é meia e atualmente está no time sub-23 do Rubro-Negro. Contrato: 31/08/2016.

• Lucas Sotero: 20 anos, é meia e integra a equipe principal. Não estreou no profissional. Contrato: 23/09/2013.

• Bruno Pelissari: 19 anos, é meia das categorias de base. Contrato: 28/02/2017.

• Marcelo: 20 anos, é atacante do time principal. Está em recuperação de uma lesão. Contrato: 16/01/2016.

• Bruno Furlán: 19 anos, é atacante da equipe principal, titular durante esta temporada. Contrato: 23/07/2015.

Furlán é o único titular da lista

Atleticanas

Opção

O lateral-direito Gabriel Marques foi apresentado oficialmente ontem, no CT do Caju, e pode ser a novidade no banco de reservas na partida de amanhã contra o Roma, em Apucarana, às 16 h.

Dúvidas

O meia Paulo Baier será poupado amanhã e o substituto será Renan Foguinho. Com isso, o meio de campo atleticano terá Deivid, Foguinho e Harrison. No ataque, há a dúvida entre Bruno Mineiro e Guerrón.

Em sua última aparição, Ale­­xan­­­­dre Rocha Loures rebatia acusações em uma entrevista co­­letiva. Nela, o agente Fifa justificava que, ao contrário das insinuações do então presidente do Atlético, Mar­­cos Malucelli, ele não havia aliciado jogadores do Furacão, aproveitando-se da condição de funcionário do clube.

Era março de 2010 e, na oportunidade, Rocha Loures já havia deixado o Rubro-Negro há um ano, após seis temporadas no cargo de relações internacionais, para comandar a Master Talents, empresa de gerenciamento de atletas. Cerca de três anos se passaram desde o desligamento e ho­­je o agente Fifa recuperou o li­­vre trânsito no CT do Caju.

A relação dele com os jogadores do clube, na condição de procurador, nunca se rompeu – em­­bora a polêmica tenha detonado uma "guerra fria" com a antiga cúpula. Atualmente, Ro­­cha Loures dispõe na sua carteira de atletas oito rubro-negros.

A diferença é que, agora, ele passou a circular também nos bastidores da política atleticana. Inscrito na Capgigante, chapa li­­derada pelo presidente Mario Cel­­so Petraglia, vencedora das eleições em dezembro do ano pas­­sado, o agente tornou-se mem­­bro do Conselho Deli­­be­­ra­tivo.

Privilégio que, de acordo com o empresário, não representa um conflito de interesses. "Não vejo problema nenhum, até porque vários jogadores acabaram de renovar os seus contratos. Mos­­tra que eu trabalho em prol do Atlético. E eu sou representan­te, não tenho participação nos di­­­­reitos econômicos", afirma.

Rocha Loures refuta qualquer chance de beneficiar-se do status de conselheiro/empresário, mas a mistura de política com bola já teria lhe acarretado prejuízos. A proximidade com Pe­­traglia, desafeto do ex-presidente Marcos Malucelli, teria si­­do o estopim.

"Esses mesmos jogadores que estão agora também estavam na época da diretoria anterior, e foram superprejudicados por causa disso". Ele cita o ata­­can­te Marcelo. "Veja o Marcelo, que agora está enchendo os olhos da torcida. Ele teve de ser emprestado para o Vitória-BA para poder jogar. Se ficasse aqui, não jogaria".

Malucelli nega que essas questões tenham atingido o de­­partamento de futebol em sua gestão. "Isso jamais aconteceu. [O Marcelo] não jogava porque o treinador não o escalava. Ape­­nas isso".

Para todos os efeitos, o agente reforça que realiza um trabalho sério, e não liga para o que os ou­­tros possam dizer. "Sou profissio­nal, sou super-respeitado. Todo mundo fala o que quiser, nós vi­­vemos em um país democrático. Se o Conselho achasse que há al­­gum problema, teria pedido a minha saída", diz.

Presidente do Deliberativo atleticano, Antônio Carlos Bet­­tega não vê, em um primeiro mo­­­­mento, empecilhos para a par­­ticipação de Rocha Loures. "Ele é uma pessoa absolutamen­­te correta e não tem função executiva. Não vejo conflito. Ago­­ra, obviamente, se tivermos co­­nhecimento de algum deslize, de quem quer que seja, podemos acionar a comissão de ética", comenta.

Sócios da Master Talents tomaram rumos distintos

No centro da polêmica em 2010, a Master Talents não exis­­te mais, segundo Alexandre Ro­­cha Lou­­res. "Desfizemos a sociedade naquela época mesmo", afirma. Além do agente, a em­­presa contava com outros dois componentes que saíram dos bastidores do Atlético diretamente para trabalhar com jo­­ga­dores: Pablo Mi­­randa e Rui Paciornik.

Ainda de acordo com o procurador e conselheiro do Fu­­racão, Pablo Miranda – que também integrava o setor de relações internacionais do clube – passou a atuar no mercado da bola de forma independente e hoje é o empresário do meia Harrison, principal revelação do Rubro-Negro neste ano.

Por sua vez, Paciornik, que também integra o Conselho Deliberativo atual, decidiu deixar a bola de lado e possui um escritório de advocacia. En­­quanto esteve na Baixada, ele era membro do departamento jurídico.

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