Os clientes
Alexandre Rocha Loures dispõe em sua carteira de jogadores de oito atleticanos. Ele é procurador dos atletas e afirma não ter participação alguma nos direitos econômicos.
Matheus: 17 anos, é goleiro da equipe juvenil. Contrato: 14/03/2014
Diego Petri: 21 anos, é zagueiro e está emprestado ao Rio Branco. Contrato: 01/10/2013.
Alan Bahia: 29 anos, é volante e voltou ao CT do Caju após ser emprestado para o Goiás. Contrato: 31/10/2012.
Victor Esquerdinha: 20 anos, é meia e atualmente está no time sub-23 do Rubro-Negro. Contrato: 31/08/2016.
Lucas Sotero: 20 anos, é meia e integra a equipe principal. Não estreou no profissional. Contrato: 23/09/2013.
Bruno Pelissari: 19 anos, é meia das categorias de base. Contrato: 28/02/2017.
Marcelo: 20 anos, é atacante do time principal. Está em recuperação de uma lesão. Contrato: 16/01/2016.
Bruno Furlán: 19 anos, é atacante da equipe principal, titular durante esta temporada. Contrato: 23/07/2015.
Furlán é o único titular da lista
Atleticanas
Opção
O lateral-direito Gabriel Marques foi apresentado oficialmente ontem, no CT do Caju, e pode ser a novidade no banco de reservas na partida de amanhã contra o Roma, em Apucarana, às 16 h.
Dúvidas
O meia Paulo Baier será poupado amanhã e o substituto será Renan Foguinho. Com isso, o meio de campo atleticano terá Deivid, Foguinho e Harrison. No ataque, há a dúvida entre Bruno Mineiro e Guerrón.
Em sua última aparição, Alexandre Rocha Loures rebatia acusações em uma entrevista coletiva. Nela, o agente Fifa justificava que, ao contrário das insinuações do então presidente do Atlético, Marcos Malucelli, ele não havia aliciado jogadores do Furacão, aproveitando-se da condição de funcionário do clube.
Era março de 2010 e, na oportunidade, Rocha Loures já havia deixado o Rubro-Negro há um ano, após seis temporadas no cargo de relações internacionais, para comandar a Master Talents, empresa de gerenciamento de atletas. Cerca de três anos se passaram desde o desligamento e hoje o agente Fifa recuperou o livre trânsito no CT do Caju.
A relação dele com os jogadores do clube, na condição de procurador, nunca se rompeu embora a polêmica tenha detonado uma "guerra fria" com a antiga cúpula. Atualmente, Rocha Loures dispõe na sua carteira de atletas oito rubro-negros.
A diferença é que, agora, ele passou a circular também nos bastidores da política atleticana. Inscrito na Capgigante, chapa liderada pelo presidente Mario Celso Petraglia, vencedora das eleições em dezembro do ano passado, o agente tornou-se membro do Conselho Deliberativo.
Privilégio que, de acordo com o empresário, não representa um conflito de interesses. "Não vejo problema nenhum, até porque vários jogadores acabaram de renovar os seus contratos. Mostra que eu trabalho em prol do Atlético. E eu sou representante, não tenho participação nos direitos econômicos", afirma.
Rocha Loures refuta qualquer chance de beneficiar-se do status de conselheiro/empresário, mas a mistura de política com bola já teria lhe acarretado prejuízos. A proximidade com Petraglia, desafeto do ex-presidente Marcos Malucelli, teria sido o estopim.
"Esses mesmos jogadores que estão agora também estavam na época da diretoria anterior, e foram superprejudicados por causa disso". Ele cita o atacante Marcelo. "Veja o Marcelo, que agora está enchendo os olhos da torcida. Ele teve de ser emprestado para o Vitória-BA para poder jogar. Se ficasse aqui, não jogaria".
Malucelli nega que essas questões tenham atingido o departamento de futebol em sua gestão. "Isso jamais aconteceu. [O Marcelo] não jogava porque o treinador não o escalava. Apenas isso".
Para todos os efeitos, o agente reforça que realiza um trabalho sério, e não liga para o que os outros possam dizer. "Sou profissional, sou super-respeitado. Todo mundo fala o que quiser, nós vivemos em um país democrático. Se o Conselho achasse que há algum problema, teria pedido a minha saída", diz.
Presidente do Deliberativo atleticano, Antônio Carlos Bettega não vê, em um primeiro momento, empecilhos para a participação de Rocha Loures. "Ele é uma pessoa absolutamente correta e não tem função executiva. Não vejo conflito. Agora, obviamente, se tivermos conhecimento de algum deslize, de quem quer que seja, podemos acionar a comissão de ética", comenta.
Sócios da Master Talents tomaram rumos distintos
No centro da polêmica em 2010, a Master Talents não existe mais, segundo Alexandre Rocha Loures. "Desfizemos a sociedade naquela época mesmo", afirma. Além do agente, a empresa contava com outros dois componentes que saíram dos bastidores do Atlético diretamente para trabalhar com jogadores: Pablo Miranda e Rui Paciornik.
Ainda de acordo com o procurador e conselheiro do Furacão, Pablo Miranda que também integrava o setor de relações internacionais do clube passou a atuar no mercado da bola de forma independente e hoje é o empresário do meia Harrison, principal revelação do Rubro-Negro neste ano.
Por sua vez, Paciornik, que também integra o Conselho Deliberativo atual, decidiu deixar a bola de lado e possui um escritório de advocacia. Enquanto esteve na Baixada, ele era membro do departamento jurídico.
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