Após se recusar a renunciar ao cargo na última terça-feira (10), o presidente do Paraná, Rubens Bohlen, corre o risco de ter de deixar o comando do Tricolor contra a sua vontade. Uma nova reunião do Conselho Deliberativo foi marcada para a próxima sexta-feira (13), às 19 horas, na sede da Kennedy, e existe uma grande possibilidade de ser pedido a intervenção na presidência paranista.
Essa pode ser a solução diante da insatisfação dos conselheiros com a não aprovação do projeto do grupo Paranistas do Bem, que pretendia investir R$ 4 milhões no clube desde que Bohlen renunciasse.
Pelo estatuto do clube, nos artigos 42 e 60, o conselho pode destituir o comitê gestor, “quando julgar improcedentes os atos por ela praticados”. Porém uma cassação definitiva depende de uma aprovação em uma assembleia geral. Já a interdição, com o afastamento temporário, pode ocorrer apenas com a aprovação dos conselheiros.
“É um processo complicado e, se ocorrer, deve durar em torno de um mês. Primeiro alguns conselheiros precisariam fazer um requerimento pedindo a intervenção na próxima reunião. Terá que ser marcado outro encontro só para discutir o assunto. Depois passa-se para a coleta de provas e na sequência uma nova reunião para deliberar sobre o assunto”, explica Benedito Barboza, presidente do Conselho Consultivo e ex-presidente do Deliberativo.
No dia seguinte ao dia em que Bohlen enfrentou todo o Conselho Consultivo e decidiu permanecer no cargo, o presidente paranista manteve o silêncio. Com isso, seguem as dúvidas de como o dirigente irá resolver os problemas financeiros do clube sem o apoio dos empresários do Paranistas do Bem.
“A insatisfação grande é porque ele não apresentou nenhum projeto para contornar a situação do clube e para sanar as contas”, admite o ex-presidente Aramis Tissot. O primeiro presidente da história do Tricolor destacou que no encontro não teve uma pessoa sequer que se levantou para defender a permanência de Bohlen.
“A situação é bem ruim. O presidente infelizmente está ficando sozinho. Ele está assumindo um risco muito sério”, analisa Tissot, defensor árduo de uma união para solucionar os problemas do clube. “Se tiver de sair, não pode ser com mágoa, brigando com todo mundo. Tem que evitar esse desgaste”, pleiteia.
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