Após ‘fico’ de Bohlen, funcionários do Ninho da Gralha temem abandono

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Os funcionários das categorias de base do Paraná divulgaram uma carta aberta nesta quarta-feira (11) reclamando do abandono da diretoria paranista após a saída do empresário Carlos Werner, que estava fazendo a gestão do setor. Segundo o documento, o Paraná deve salários desde 2012, com a exceção dos últimos oito meses, justamente os que foram bancados pelo ex-gestor.

“Temos salários em aberto desde 2012, além de todos os encargos trabalhistas desde esse período, bem como 13º salários de 2013 e 2014. Desde o mês de julho de 2014 recebemos o salário do mês corrente, através de ex-gestor da base. Com sua saída estamos novamente a mercê das promessas não cumpridas do atual Presidente”, diz o texto.

Os funcionários ainda reclamam que muitas vezes precisam tirar dinheiro do próprio bolso para colocar combustível em veículos do clube e até pagar alimentação para os atletas. “Estamos novamente cercado de incertezas e com receio de que situações semelhantes as anteriores à julho de 2014 voltem a assombrar o dia a dia de trabalho e a condição financeira de todas as famílias dos funcionários esquecidos no CT de Quatro Barras e na Vila Olímpica do Boqueirão”, diz a carta.

“O salário vigente que deveria ter sido pago no quinto dia útil não foi quitado com nenhum funcionário e não recebemos qualquer informação sobre data de pagamento ou quitação de qualquer uma das dívidas”, acrescenta. A tendência é que, se o valor não começar a ser pago na semana que vem, as duas sedes entrem em greve.

A reportagem tentou contato com o presidente do Paraná, Rubens Bohlen, mas ele estava com o telefone desligado.

Veja a íntegra da carta abaixo:

“Queremos através dessa carta expor a real situação dos funcionários das categorias de base do Paraná Clube, digo avaliações , escolinhas, sub 11, sub 13 sub15 sub 17 sub 19.

Temos salários em aberto desde 2012, além de todos os encargos trabalhistas desde esse período, bem como 13º salários de 2013 e 2014.

Desde o mês de julho de 2014 recebemos o salário do mês corrente, através de ex-gestor da base. Com sua saída estamos novamente a mercê das promessas não cumpridas do atual Presidente. Já voltamos a conviver com o descaso onde encontramos funcionários, que por muitas vezes usam dos seus recursos para abastecer carros e ônibus do clube e por vezes até alimentação para os atletas.

Antes de julho de 2014, vários “meninos da base” poderiam ter saído do clube sem qualquer retorno financeiro ao mesmo, pois tinhas 9 meses de salário atrasado e, sendo assim, nenhum vinculo com o clube.

Apesar de tudo isso, tentamos honrar nossos compromissos com esse tradicional clube do estado do Paraná, mas em meio a atual crise politica e a falta de comprometimento da atual presidência, estamos novamente cercado de incertezas e com receio de que situações semelhantes as anteriores a julho de 2014 voltem a assombrar o dia a dia de trabalho e a condição financeira de todas as famílias dos funcionários esquecidos no CT de Quatro Barras e na Vila Olímpica do Boqueirão, lugares que estão abandonados e com a estrutura totalmente deteriorada pelo tempo e a falta de investimento.

O salário vigente que deveria ter sido pago no quinto dia útil não foi quitado com nenhum funcionário e não recebemos qualquer informação sobre data de pagamento ou quitação de qualquer uma das dívidas.

Por essas e outras que estamos fazendo esse protesto para informar ao torcedor paranista a real situação das categorias de base, que deveriam ser ponto de partida para a formação de novos talentos e consequentemente fonte de receita para o clube.

Funcionários das Categorias de Base