A Federação Paranaense de Futebol (FPF) publicou nesta semana em seu site o balanço financeiro de 2015. No demonstrativo aprovado por unanimidade em assembleia dos filiados realizada no último dia 30 de março, a entidade registrou um superávit de R$ 333 mil alcançado na temporada passada.
O balanço, no entanto, mostra também o nível atual da dívida da FPF: R$ 26,5 milhões. Parte deste valor já está negociado com os credores ou sob penhora judicial. Débito que foi acumulado ao longo de diversas gestões da casa da bola no Paraná.
O documento contábil revela ainda um aumento na “mesada” repassada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) – dinheiro que outras federações também recebem. Em 2015, a CBF doou R$ 905 mil para a FPF, valor superior aos R$ 755 mil de 2014 e aos R$ 651 mil de 2015.
Nas contas apresentadas consta também uma dívida de R$ 102 mil contraída pelo Paraná com a entidade. Em junho de 2013, o Tricolor emprestou R$ 255 mil da FPF, com a promessa de quitar o montante em duas parcelas, a serem quitadas em julho e novembro daquele ano.
No entanto, os paranistas pagaram somente R$ 55 mil em outubro de 2013 e R$ 47 mil ao longo de 2015, por retenção nas arrecadações dos jogos do clube. Resta ainda um saldo de R$ 102 mil. O presidente do Tricolor, Leonardo Oliveira, não foi encontrado para comentar a questão.
As contas da federação foram aprovadas em assembleia realizada dia 30 de março, na sede da entidade. Dos 45 filiados, 25 compareceram, sendo Paraná, Foz, PSTC e Toledo os representantes da Primeira Divisão. Atlético e Coritiba, em guerra de bastidores com a FPF, não compareceram.
A reportagem procurou Hélio Cury, presidente da federação, para comentar a situação financeira da entidade. O cartola, entretanto, declarou via assessoria de imprensa que não concede entrevistas à Gazeta do Povo.