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Liberação da Vila depende da instalação de um alambrado de vedação para impedir que as torcidas se vejam e se provoquem | Daniel Castellano / Gazeta do Povo
Liberação da Vila depende da instalação de um alambrado de vedação para impedir que as torcidas se vejam e se provoquem| Foto: Daniel Castellano / Gazeta do Povo

A falta de um "alambrado de vedação" na Vila Capanema poderá inviabilizar a realização do Atletiba na capital. Inde­­pendentemente de ocorrer um acerto entre Atlético e Paraná para o empréstimo do estádio, sem a colocação dessa barreira de madeirite – que serviria para evitar que as torcidas se enxerguem – a Polícia Militar não está disposta a liberar a praça esportiva.

"É uma vedação que já existe no Germano Krüger e também no Couto Pereira, para evitar que os torcedores fiquem se provocando", explica Reginaldo Cor­­deiro, presidente da comissão de vistoria da Federação Paranaense de Futebol (FPF). Por parte da entidade, é ele quem corre para dar "condições de jogo" ao estádio tricolor. "Esta­­mos viabilizando para que a possibilidade exista. A tendência é de que tudo esteja liberado, mas existem os trâmites burocráticos que são demorados e também esta exigência da Polícia Militar."

Para liberar a Vila será necessário apresentar à FPF todos os laudos até sexta-feira. Dessa forma, o restante das vistorias estão marcadas para o dia de hoje.

"Mas são coisas de rotina, estamos nos agilizando para disputar a Copa do Brasil", despistou o presidente do Tricolor, Rubens Bohlen. Embora funcionários da sede da Kennedy tenham afirmado que o clube teria se reunido com dirigentes do Atlético, ele nega. "Não, foram apenas reuniões internas."

Caso o estádio do Paraná não abrigue o clássico Atletiba, o jogo deverá parar em Londrina. O Furacão tem prazo oficial até as 15 horas de sexta-feira para indicar o local onde mandará a partida contra o Coritiba, que está marcada para a Quarta-Feira de Cinzas. Mas a FPF já avisou ao clube que precisa da resposta até amanhã.

"Pois, se não houver acerto, terei mais tempo para arranjar uma solução", afirma Amilton Stival, vice-presidente da entidade. Se não houver outra saída, Stival gostaria de transformar o problema atleticano em uma experiência para tentar arregimentar mais torcedores do interior para os times da capital. "O Coritiba não propôs uma interiorização? Seria uma boa para angariar aficionados."

Paranaguá e Ponta Grossa surgem como outras opções de indicação da FPF. Por enquanto a única coisa certa é de que o Atletiba não ocorrerá no Jan­­guito Malucelli, estádio no qual o Atlético vinha mandando seus jogos. Ontem, o Ministério Público Estadual (MP-PR), por meio de nota, oficializou a proibição feita pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) desde a semana passada, para que o Rubro-Negro não atue mais no Ecoestádio. A partida de hoje, contra o Corinthians-PR, no entanto, pela falta de tempo para ser cancelada, foi autorizada.

Os dois órgãos, mais a Secretaria Municipal de Trânsito, se reuniram ontem pela manhã para tratar do tema. Se a determinação for descumprida, o MP promete buscar liminar na Justiça.

"Seria uma total irresponsabilidade realizar o Atletiba lá", afirma o inspetor da Polícia Rodoviária Federal, Anthony Nascimento.

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