O Foz do Iguaçu surpreendeu o Atlético e venceu por 1 a 0 na estreia do time principal do Furacão no Campeonato Paranaense. Vaiado pelos torcedores, o Furacão saiu de campo pela primeira vez na zona do Torneio da Morte: é o 9º, com apenas sete pontos. O time visitante passou o Rubro-Negro e chegou aos nove, na 5ª posição.
Veja como ficou a classificação do Paranaense
O zagueiro Wesley, ex-Coritiba, foi o autor do gol solitário da partida, aos 27/1º. Nos minutos finais, além das vaias, a torcida roubou a atenção ao gritar “Ei, Ei, Ei, volta sub-23” e “ô, ô, ô, queremos jogador”. O time sub-23 havia vencido os dois jogos que teve na Arena – o Prudentópolis e o clássico com o Paraná.
Por uma estratégica política (e também técnica) o time principal antecipou sua estreia e entrou em campo com a mesma base que disputou a pré-temporada na Espanha. A ideia do clube era dar ritmo de jogo ao time de Claudinei Oliveira.
No entanto, o envolvimento do presidente Mario Celso Petraglia com as eleições da Federação Paranaense de Futebol teve influência direta nas últimas decisões, inclusive uma que deu munição para o ânimo do adversário. Quando o presidente do Foz, Arif Osman, anunciou que votaria em Hélio Cury no pleito da entidade, rejeitando o opositor na disputa, Ricardo Gomyde, preferido dos times da capital, o Atlético encerrou uma parceria que tinha com o time da Fronteira. Cinco atletas que estavam no interior tiveram de retornar ao CT do Caju.
Mesmo que apenas um fosse titular (Júnior Fell), a atitude mexeu com os brios do grupo visitante nesta quinta-feira. O técnico Edson Borges, inclusive, comentou sobre a necessidade de superação da equipe (que também tinha muitos desfalques) ao longo da semana.
O goleiro Edson Bastos, líder do time em campo, desabafou no fim da partida. “Sabíamos que ia ser difícil. Ouvimos comentários de que o Foz ia pagar o pato. Falaram que perderíamos de 4, 5 gols ou mais”, reclamou. “Provamos que dá para jogar de igual para igual contra qualquer equipe”, disse, lembrando que sua equipe também venceu o Coritiba.
Ao Atlético restou lamentar a falta de atenção. O Furacão teve domínio na posse de bola, mas não soube criar chances suficientes. “A gente criou bastante. Foi um jogo muito parado, catimbado. Eles conseguiram o gol, teve muito cai-cai, substituições e demora do goleiro. Infelizmente, a nossa bola não entrou”, relatou o goleiro Weverton.
Questionado se o time principal volta a campo contra o J. Malucelli o camisa 1 do Furacão despistou: “Vamos trabalhar e ver o que acontece. Somos funcionários do clube”.
Craque
Ex-zagueiro do Coritiba, marcou o gol do Foz e teve atuação muito segura durante todo o jogo. No segundo tempo, salvou o gol do Atlético quase encima da linha
Guerreiro
Um dos jogadores mais elogiados pelo técnico Claudinei Oliveira durante a pré-temporada na Espanha, fez uma correria pela direita, criou e foi ao fundo várias vezes.
Bonde
Artilheiro no Operário Ferroviário de Ponta Grossa, fez a sua estreia e esbarrou na falta de ritmo de jogo. Não criou praticamente nada e acabou substituído por Quirino
Gols
0 x 1 – 27 min.: Após cobrança de escanteio da direita, Wesley surgiu por entre a marcação e cabeceou com força. Weverton chegou a tocar na bola, mas ela entrou no canto esquerdo.
Chave do jogo
Formação tática e motivacional de Edson Borges. O técnico do Foz armou o time para tirar os espaços do Atlético com forte marcação. Além disso, motivou seus atletas pelas polêmicas da semana e conseguiu ganhar na superação. Os jogadores atleticanos tinham a posse de bola, mas não conseguiram se aproximar muito da área adversária, especialmente no primeiro tempo.
Próximos jogos
J. Malucelli (casa); Operário (fora); Maringá (casa)
Maringá (casa); Paraná (fora); Prudentópolis (casa)
Suspensos
Ninguém.
Ninguém.
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