• Carregando...
Gabriel Barcos, sete gols pelo Maringá no Paranaense | Ivan Amorin/ Gazeta do Povo
Gabriel Barcos, sete gols pelo Maringá no Paranaense| Foto: Ivan Amorin/ Gazeta do Povo

Londrina

Pensando no jogo de volta da final do Estadual, o Londrina deve poupar jogadores para o duelo com o Criciúma que vale vaga na próxima fase da Copa do Brasil – amanhã, 19h30, em Santa Catarina. Como venceu no Café por 2 a 0, o LEC pode perder por um gol que se classifica. Assim, o elenco será avaliado hoje para decidir quem não enfrenta o Tigre. A ideia é ter força máxima no domingo, contra o Maringá.

Gabriel Barcos já marcou sete gols neste Estadual. Desempenho que garantiu sucesso em dobro. O dele, que agora entra na mira de grandes equipes, como o Coritiba; e o de seu time, o Maringá, finalista do Paranaense. Mas para finalmente vislumbrar a ascensão da carreira, o atacante de 26 anos precisou de participação ativa da mãe, dona Iracema.

Veja os times que Barcos já defendeu na carreira

Mesmo de longe, de Bauru, no interior de São Paulo, era ela quem insistia para que Gabriel seguisse o sonho de ser jogador de futebol. E o tempo provou que ela estava certa. Após nove anos calçando as chuteiras, os caminhos parecem se abrir para o cover do argentino Hernán Barcos.

"Ela fez muita coisa por mim, sou muito grato. Foi ela quem falou para eu nunca desistir, que a vida é assim mesmo, de dificuldades. Isso ajudou a me fortalecer", revela ele, prestes a mudar de ares.

"Vou esperar semana que vem para ver o que acontece. Se tudo der certo, posso ter essa oportunidade na capital e jogar um Brasileiro da Série A", projeta o goleador, que espera fazer uma boa atuação na final de domingo no Estádio Willie Davids para não deixar dúvidas de que é uma boa aquisição para o Coritiba.

Um negócio que ele espera ser melhor do que aquela que imaginava ser sua primeira grande oportunidade. Ainda jovem, com 18 anos, chamou a atenção de um olheiro do Vasco quando defendia o Ituano. Mudou-se para o Rio. Lá, sem receber nenhum centavo, sobrevivia com a grana enviada por dona Iracema. Chegou a participar de alguns treinos com os profissionais, sob o comando de Renato Gaúcho, mas não se encaixou. Para piorar, uma sinusite crônica o afastou dos gramados. "Fui mandado embora", relembra.

Retomou a caça por uma grande chance colecionando passagens por clubes pequenos de São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul. Só no interior paulista defendeu oito equipes. Um cenário sem luxo: falta de estrutura para treinar, para morar, sem alimentação de qualidade e, quando não levava calote, salários baixos.

O renascimento na carreira veio no ano passado, depois de muitos conselhos da mãe mecenas. Campeão e artilheiro da Terceira Divisão do Paulistão pelo São Bento de Sorocaba, com 15 gols, interessou ao Maringá. Na Zebra, encontrou uma improvável vitrine que pode representar o salto tão esperado na carreira.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]