O presidente do Paraná, Leonardo Oliveira, encerrou neste domingo (17) qualquer negociação para o aluguel da Vila Capanema ao Atlético em dois jogos no Paranaense. A decisão foi motivada após tomar conhecimento do comentário que o presidente do Conselho Deliberativo do Atlético, Mario Celso Petraglia, fez em sua conta no twitter:
“O PC (Paraná Clube) continua no século 20, com pruridos! A diretoria não aprovou alugar o estádio para o CAP! Eles não precisam de caixa! (rrss)”, escreveu o dirigente do Furacão, respondendo o comentário de um de seus seguidores em tom de desdém. Petraglia mostrou-se incomodado com valor pedido pelo Tricolor durante a negociação, cerca de R$ 100 mil por jogo.
Consultado pela reportagem, o mandatário paranista rebateu, sem esconder a irritação. “O Petraglia é muito menor que o Paraná. Não temos que nos importar com o que foi falado, ainda mais vindo de quem veio. Não cabe nenhum posicionamento formal. Ele é insignificante diante do tamanho do Paraná.”
A negociação vinha sendo conduzida por Oliveira e Márcio Lara, vice-presidente do Atlético, com quem o dirigente paranista mantém um longo relacionamento de amizade. “O Márcio me ligou durante a semana e prometi levar o assunto para a diretoria. Entre integrantes a favor e contrários, estipulamos um valor, condizente com o mercado, e passamos para eles. Não recebi mais retorno, nem com uma contraproposta”, explicou Oliveira.
O dirigente disse que não fechou as portas para o Atlético, mas garante que agora a situação mudou. “Tudo tem um preço e agora o nosso para alugar a Vila ficou bem mais caro. Não devemos administrar um time com o coração. Temos de trabalhar com a razão, mas depois do que ele disse, a razão manda encarecer o valor para compensar essa situação. Não creio que ainda seja viável”, disse.
Além de praticamente inviabilizar o aluguel, a postura de Petraglia frustra outra estratégia do Atlético para expor sua marca e arrecadar alguns dólares. O time tentava mudar a data do clássico com o Paraná, inicialmente marcado para dia 28 de fevereiro, pois desejava realizar um amistoso com o Orlando City, nos Estados Unidos. “Eles me ligaram pedindo o aluguel e um favor, depois me vem com essa? Já respondi dizendo que não aceitamos a transferência do jogo”, concluiu Oliveira.
Ao Atlético restou negociar com o Coritiba, já que a possibilidade inicial de mandar as duas partidas no Janguito Malucelli foi descartada pelo presidente do J. Malucelli, Joel Malucelli, e pelo presidente atleticano Salim Emed.
Couto Pereira
Na sexta-feira (16), o vice-presidente Coxa, Alceni Guerra, colocou o Couto à disposição do Furacão. “Teremos o prazer de ceder nosso estádio, desde que respeitadas as condições normais de um aluguel. Tenho certeza que precisaremos dessa recíproca mais para frente”, disse Guerra. Inicialmente, o Atlético lançou uma enquete para saber onde a torcida gostaria de ver o time jogando. No Ecoestádio, onde mandou a maioria dos jogos da campanha vitoriosa de acesso à Série A em 2012, ou na Vila Capanema, local em que disputou a Libertadores de 2014. O Couto Pereira, até então, não era considerado.
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