Embora já não tenha mais a exclusividade da braçadeira de capitão, Paulo Baier continua sendo o dono da bola no Atlético. Mesmo sem ter o mesmo poder de decisão dentro de campo culpa do peso dos seus 37 anos , o meia mantém a influência sobre o elenco rubro-negro e, respaldado pela condição de ídolo da torcida, não se intimida em dar pitaco em todos os assuntos do clube.
O "presidente" dos jogadores atleticanos conquistou a confiança até de quem torcia o nariz para a sua influência dentro dos vestiários do CT do Caju. O atual presidente, Mario Celso Petraglia, chegou a declarar, às vésperas do processo eleitoral, que a presença de Baier no Furacão em 2012 seria uma "herança maldita" da administração de Marcos Malucelli.
No entanto, a declaração do camisa 10 logo após a vitória contra o Coritiba na última rodada do Brasileiro, afirmando que seria o primeiro a ficar no clube, mesmo com a equipe na Segunda Divisão, fez o mandatário atleticano se curvar. "Após o jogo, ele me ligou falando que queria que eu ajudasse o Atlético. Ele gosta deste tipo de jogador que se identifique com o clube e hoje não temos problema nenhum", revelou o jogador.
No início deste ano, novamente a liderança de Paulo Baier foi posta à prova. Logo na primeira entrevista coletiva, o técnico Juan Ramón Carrasco desdenhou da participação do jogador dentro do grupo e afirmou que preferia jogadores que atuassem coletivamente. Três meses depois, o discurso mudou. O treinador elogiou a presença do meia na vitória contra o Sampaio Corrêa, por 1 a 0, na Copa do Brasil.
"Futebol é ambiente. E é isso que eu procuro falar no vestiário. Está muito gostoso. No gol todo mundo comemora junto", afirmou Paulo Baier, que reuniu os atletas e a comissão técnica antes da partida contra o Operário, na segunda rodada do Paranaense, para pregar a união do elenco.
Segundo jogador que está há mais tempo no clube só perde para Alan Bahia e prestes a completar a terceira temporada consecutiva no Atlético, Paulo Baier admite que dentro de campo seu papel tem ficado cada vez mais restrito. "Jogar dois jogos seguidos está bem complicado, principalmente pela recuperação", revelou. "Quero encerrar minha carreira no Atlético. Faltam sete gols para chegar ao centésimo na Série A e espero poder completar este objetivo ano que vem, aqui no clube", garantiu.
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