Em1967 o Atlético viveu o seu pior momento na história do Campeonato Paranaense. Imerso em uma crise financeira sem precedentes, o Rubro-Nrgro se desfez de vários jogadores (Valter foi para o Coritiba, enquanto Pedro Alves e Renatinho reforçaram o Ferroviário) e teve uma pífia campanha. Somou apenas três vitórias em 22 jogos e terminou na lanterna da competição. Empatou oito partidas, perdeu 11 vezes, marcou 20 gols e sofreu 35.
“Era um time ruim e acabou caindo. Me lembro que o último jogo foi no Durival Britto e Silva, contra o Ferroviário. A torcida foi lá apoiar, mas chorou com a queda. A partir dali houve uma revolução”, lembrou o colunista da Gazeta do Povo, Carneiro Neto, repórter naquela época.
A queda impulsionou a candidatura de Jofre Cabral e Silva – que ficou conhecido como um dos mais importantes de sua história –, que venceu as eleições daquele ano. Jofre criou encrenca com José Milani, presidente da Federação, e chegou a rasgar o regulamento no campeonato ao vivo em um programa de televisão.
“O Jofre gritava que o Milani era um dentista de Colombo e ele era advogado da Caixa Econômica. Rasgou o regulamento e disse que era ele quem entendia de leis”, lembra Carneiro.
Dirigentes de Coritiba, Ferroviário, Água Verde e outras equipes perceberam que perder um time do tamanho do Atlético seria prejudicial para o campeonato. Depois de muita confusão, Jofre conseguiu seu objetivo e evitou a queda. O campeonato de 1968 teve não só o Atlético, mas também o Britânia – para não deixar a competição com número ímpar de participantes - campeão de um torneio extra.