FPF recorre ao STJD para que Atlético jogue no Couto Pereira
A Federação Paranaense de Futebol (FPF) cumpriu o prometido e recorreu, no fim da tarde desta quinta-feira (26), ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para fazer valer a decisão de o Atlético mandar seus jogos no Estádio Couto Pereira no Paranaense. A entidade pretende conseguir, primeiro, um efeito suspensivo sobre o veredicto de quarta-feira (25) do Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR), que deu ganho de causa para o Coritiba.
O Ecoestádio Janguito Malucelli pode ser definido como o local dos jogos do Atlético no Campeonato Paranaense. Os presidentes do Furacão, Mario Celso Petraglia, e do Corinthians-PR, Joel Malucelli, vão se reunir na manhã desta sexta-feira (27) para tentar fechar um acordo.
O mandatário do Timãozinho já havia afirmado anteriormente que o Ecoestádio estava à disposição do Rubro-Negro. Impedido de atuar no Couto Pereira e sem um acordo com a diretoria paranista para utilizar a Vila Capanema, o estádio do Corinthians-PR voltou a ganhar força como opção de mando atleticano.
"Hoje [quinta-feira] tive um contato com o Petraglia e amanhã [sexta] de manhã devemos acertar todos detalhes. Estamos dispostos a conversar e eles podem utilizar [o estádio] o tempo que precisarem", declarou Malucelli.
O presidente do Corinthians garante que a parte financeira não é empecilho para o acerto. A iluminação é o principal impedimento, por enquanto. Na primeira rodada, contra o Londrina, o Furacão cogitou utilizar o Janguito, mas como a partida era à noite e o estádio não tem iluminação, o local não pôde ser utilizado, optando-se pelo Germano Krüger, em Ponta Grossa.
"Não temos nenhuma preocupação com parte financeira. Isso não é problema. Devemos discutir mais uma eventual antecipação dos jogos [para a parte do dia] e a adequação da transmissão da televisão", disse.
Malucelli não é contra eventuais reformas que o Atlético precise realizar no Ecoestádio. "Pela segurança, teríamos que alargar as escadarias para aumentar a parte de evacuação do local. Eles podem fazer outras reformas, inclusive relacionadas à iluminação", afirma.
O Atlético tem de indicar à Federação um estádio para mandar seu jogo diante do Roma, na semana que vem. Se isso não ocorrer, a entidade escolhe uma praça esportiva. O Germano Krüger, em Ponta Grossa, e o Gigante do Itiberê, em Paranaguá, são as outras opções de locais de mando dos jogos do Furacão.
xxxxRelembre os principais fatos do caso Couto Pereira:
11/01/12 - Perto do limite imposto pela Federação Paranaense de Futebol (FPF), o Atlético protocola na entidade ofício indicando o Couto Pereira como o local para mandar seus jogos no Estadual. O estádio é o preferido da diretoria atleticana por comportar os cerca de 18 mil sócios do clube.
12/01/12 - O Conselho Administrativo do Coritiba se nega a ceder o Couto ao Atlético. A diretoria alviverde alega que as condições do gramado não permitiriam partidas dos dois clubes.
13/01/12 (Manhã) FPF divulga o ato da presidência 001/12 em que obriga o Coritiba a alugar o Couto Pereira para o Atlético ao preço de R$ 30 mil por jogo.
13/01/12 (Início da noite) - O Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR) concede liminar permitindo que o Coritiba não ceda o Couto para o Furacão.
16/01/12 - O presidente atleticano, Mario Celso Petraglia, procura o presidente do Paraná, Rubens Bohlen, para tentar um acordo para que o Rubro-Negro jogue na Vila Capanema .
17/01/12 - Paraná nega a oferta atleticana de 10% a 15% da bilheteria. Na contra-proposta, o Tricolor pede R$ 120 mil por jogo. Depois faz nova oferta: R$ 1,1 milhão pelos 11 jogos no Estadual.
18/01/12 FPF protocola no TJD-PR pedido para cassar liminar concedida ao Coritiba
19/01/12 TJD-PR mantém a liminar cedida ao Coritiba. Com isso, a Federação homologa a primeira rodada do Estadual com o Atlético jogando no Estádio Germano Krüger, em Ponta Grossa, na estreia no Paranaense.
22/01/12 No dia da abertura do Estadual, Paraná solta nota oficial dizendo que Petraglia teria dito que Atlético e Coritiba teriam fechado acordo para o Furacão utilizar o Couto Pereira na Série do Brasileirão.
23/01/12 Diretoria alviverde rebate dirigentes paranistas. Também por nota oficial, Coxa diz que as declarações do Tricolor são "absurdas e desprovidas de ética".
24/01/12 Atlético também emite uma nota oficial e se une ao rival Coritiba para criticar o Paraná. Petraglia, que assina o comunicado, ataca o Tricolor e encerra negociaçãoes para usar a Vila Capanema sob a alegação de que a diretoria paranista queria abalar a relação da dupla Atletiba para que o Furacão ser obrigado a jogar no Durival Britto. Paraná divulga outra nota acusando o dirigente atleticano de não sustentar a afirmação do acordo com o Coritiba que teria sido dita em reunião na semana anterior.
25/01/12 - Pleno do TJD-PR decide a favor de o Coritiba de não ceder o Couto Pereira ao Atlético.
26/01/12 FPF recorre da decisão do tribunal local no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Objetivo inicial é conseguir um efeito suspensivo para que Atlético jogue no Couto até que o pleno do STJD vote em definitivo o caso. No mesmo dia, presidente do Corinthians-PR, Joel Malucelli, confirma reunião para o dia seguinte com Petraglia para tentar que o Atlético jogue no Ecostádio.