Maior artilheiro da história do Paraná, com 104 gols em 211 partidas, o ex-atacante e atual treinador de futebol Saulo da Fé de Freitas andou afastado do clube em que fez história.
Sete anos depois, o Tigre da Vila, como ficou marcado no Tricolor, sinaliza um movimento de reaproximação. Ao lado dos também ex-jogadores Goiano e Ednélson e dos atuais Marcos e Lúcio Flávio, Saulo vestiu a camisa, literalmente, e protagonizou a nova campanha de sócios-torcedores do clube.
O distanciamento remonta a fevereiro de 2008, data em que foi demitido de sua quinta passagem pelo comando técnico do time.
O Tigre garante não guardar mágoas de ninguém na Vila Capanema, mas revela descontentamento com os rumos tomados pela instituição. “Não é que teve distância. Eu apenas não concordava com as coisas que aconteciam no clube, com as quais não sou a favor até hoje”, explica Saulo, que não cobrou nada para ter a imagem utilizada na campanha.
“O Paraná não pode ficar refém de uma pessoa e hoje acho que é isso o que acontece. A gente não tem como provar isso, mas creio que o Paraná é refém de alguém, porque muitas pessoas tentam se aproximar para ajudar, mas quem está lá dentro não aceita. É isso o que ouvimos no meio do futebol, que o Paraná não aceita ajuda”, dispara o Tigre, fazendo eco à “guerra de vaidades” citada pelo gerente de futebol, Marcus Vinícius, após o clássico com o Atlético.
Considerado pelos torcedores o maior jogador da história do Tricolor em enquete recente realizada pela Gazeta do Povo, Saulo ultrapassa o campo das críticas.
Para ele, três pilares sustentariam o início do ressurgimento do clube, que hoje sofre até mesmo para sustentar as mais básicas despesas cotidianas: rejuvenescimento da diretoria, fim da sede social e foco absoluto na revelação de atletas da base.
“O Paraná precisa de renovações, de pessoas jovens. Se não fizer isso, essas pessoas do passado não vão sair nunca, atrapalhando o sucesso do clube, evitando que se reerga. Não podemos deixar o Paraná ser deixado no fundo do poço por pessoas incompetentes”, receita Saulo. “Tem de haver conversa entre os conselheiros, para tentar tocar apenas o futebol. Não dá pra tocar o social junto. Um dos dois vai morrer”, prevê.
A priorização das categorias de base, terceiro ponto citado pelo Tigre no processo de reestruturação, é assunto caro a Saulo. O filho Diogo, 18 anos, trilhou caminho no Ninho da Gralha e chegou, em 2015, a ser integrado aos profissionais. Três meses depois, trabalha afastado do grupo principal.
“Prejudicam os atletas da base quando são eles que podem dar retorno. Não é só o Diogo. Se você tem atletas da base com qualidade, é melhor dar cancha para eles, contra equipes mais fracas, para preparar. Mas há muita vaidade dentro do clube”, reforça.
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