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A passagem de Alex pelo Cruzeiro foi um momento excepcional. Se não representou o melhor momento na carreira dele, foi um dos melhores. Ele ganhou tudo naquele 2003 – Mineiro, Copa do Brasil e Brasileiro. Mesmo em um time com várias estrelas, foi disparado o melhor jogador. Sem surpresa nenhuma, acabou eleito Bola de Ouro naquele ano. Acho, inclusive, que quando ele jogava no Palmeiras também foi genial, mas não davam o valor que ele merecia. Uma vez o chamaram de vagalume, pois acendia e apagava, não brilhava o tempo todo. Havia uma opinião injusta de que era apático e considero uma total falta de compreensão do talento dele. É um jogador sóbrio, discreto, que não aparece o tempo todo, mas que possui a capacidade de em uma fração de segundo mapear tudo em volta e dar um passe incrível, um chute espetacular. A visão de jogo dele é fenomenal. Ficará na história dos craques brasileiros.

Tostão, ex-jogador, campeão do mundo em 1970 pela sele­­ção brasileira e colunista da Gazeta do Povo.

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