Autor do gol que abriu caminho para a classificação do Operário sobre o Foz do Iguaçu, no jogo de volta da semifinal, no domingo passado, o zagueiro Juan Sebastian Sosa, dá o “toque gringo” ao time de Ponta Grossa.
Nascido no Uruguai, o jogador de 29 anos veio ainda adolescente para o Brasil junto com a família, após o pai ser transferido para o Rio de Janeiro, há 15 anos. No país, passou a perseguir de vez o sonho de garoto: jogar futebol. “Os moleques brasileiros sonham com isso e comigo não foi diferente. Passei a buscar uma oportunidade”, conta.
A chance veio na base do Nova Iguaçu. No time da Baixada Fluminense, ficou 12 anos. A partir de 2009, o zagueiro começou uma verdadeira peregrinação. Passou por times da primeira e segunda divisões do Carioca – Mesquita, Quissamã, Cabofriense, Boa Vista – até que desembarcou no Remo, em 2012.
No time paraense, Sosa afirma ter vivido um de seus melhores momentos na carreira. Foi à final do Paraense, fez um dos gols na decisão, mas o time acabou perdendo a taça para o Cametá.
No ano passado, no Novo Hamburgo-RS, conheceu o técnico Itamar Schülle, atual comandante do Operário. Foi esse contato que o fez mudar de rumo em 2015.
No início da temporada, o zagueiro esteve perto de fechar contrato com o Cascavel para a disputa do Paranaense, mas acabou trocando a Serpente pelo Fantasma. “Cheguei há ir para Cascavel, mas o Itamar me ligou e vim direto para cá [Ponta Grossa]”, recorda.
“Já conhecia o Itamar e tenho confiança nele. Ele também confia no meu trabalho e isso ajuda muito”, completa. A escolha foi certeira. Juntos os dois estão na final do Estadual, feito que o Operário não alcançava desde 1961.
Novamente com a chance de uma conquista regional, o defensor espera ter melhor sorte diante do Coritiba, apesar de reconhecer o favoritismo da equipe da capital. “É um time de Série A, mas temos de buscar. Começamos desacreditados, tendo de correr atrás e provar sempre nosso valor. É a mesma coisa agora que estamos na final”, orienta.
Para Sosa, a conquista inédita do Paranaense seria uma forma de retribuir à torcida, ao clube e à cidade os bons momentos vividos por ele no Operário.
“A cidade é acolhedora e a torcida é fantástica, não deixa de apoiar nunca. O grupo é bom, a comissão tem pessoas corretas. Tudo caminha para dar certo ”, celebra o uruguaio.
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