Confira a opinião dos colunistas sobre as situações de Atlético, Coritiba e Paraná

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Com a final do Campeonato Paranaense no final de semana, o inicio dos nacionais se aproximando e as mudanças ocorridas nos clubes, os colunistas da Gazeta do Povo, Carneiro Neto, Edson Militão e Luiz Augusto Xavier, analisam a situação do Atlético com seu novo treinador, Milton Mendes, a disputa do título estadual e o futuro paranista na Série B.

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O Atlético tem futuro com Milton Mendes?

Carneiro Neto: O Atlético sempre terá futuro, independentemente do treinador. O clube é eterno. Mas [Milton Mendes] é mais uma experiência, um laboratório. O Atlético vem fazendo experiências, mas a diretoria que assuma o risco.

Edson Militão: O Atlético realizou a mais ridícula pré-temporada da história e já está no terceiro técnico do ano. Mesmo que contratasse o Guardiola agora, ele levaria pelo menos uns 3 meses para dar uma cara pro time, que não tem identidade. A única vantagem que vejo no Milton Mendes, se é que é vantagem, é que está gastando pouco. Eu não creio em sucesso do Atlético. Com esse técnico e sem reforços, difícil acreditar em sucesso.

Luiz Augusto Xavier: O Atlético tem futuro com qualquer técnico, desde que tenha material humano pra ele lidar. Com esse grupo que está, nem Beckenbauer em seus melhores momentos conseguiria fazer algo. A questão não é o treinador. O problema não foi o Enderson Moreira ou o Claudinei Oliveira. A questão é que o grupo [de jogadores] que está aí, agora, é fraco.

O Operário fará frente ao Coritiba?

Carneiro Neto: O Operário, pelo que a gente tem acompanhado nas ultimas partidas, é mais consistente que o Londrina, pelo aspecto defensivo. Agora, vai ter a ausência do artilheiro Douglas na primeira partida. Mas é um time que pode oferecer maior resistência sim.

Edson Militão: O Operário é a cara do seu gerente de futebol, Antônio Mikulis, que é um cara ousado, confiante e moderno. O técnico do Operário também é bom, o time é unido, determinado e experiente. Então, ele vai encarar o Coxa, o melhor do campeonato, nas melhores condições. Pode ser campeão, inclusive. Acredito até em um título do Operário.

Luiz Augusto Xavier: Acho que fará. Será uma decisão muito equilibrada, principalmente em Ponta Grossa, na partida de ida. O Operário vai tentar construir o resultado neste jogo. Acho o Operário a mais consistente das equipes do interior e chegou com mérito à final por causa disso. É um time com padrão bom e obediente taticamente.

O Paraná tem como se acertar para a Série B?

Carneiro Neto: Acho difícil. O problema do Paraná é dinheiro. Com o encerramento dos estaduais, apenas 100 clubes terão atividades no país, então há ofertas de jogadores de um segundo nível e isso abre muitas perspectivas. Mas o problema do Paraná é que existe possibilidade de escolher os jogadores melhores mas tem que ver se o clube terá dinheiro para isso.

Edson Militão: O Paraná depende mais do que nunca do empresário Carlos Werner, porque é o único do grupo Paranistas do Bem que está colocando dinheiro no clube. Fizeram um ‘oba-oba’, mas é ele o único quem põe dinheiro. Não depende de técnico, jogador ou dirigentes. A questão é grana. Se as contratações forem pontuais, tem chance de subir.

Luiz Augusto Xavier: Vai ter que contratar bastante, qualificar. Se for apenas pra disputar o campeonato, não, mas se a intenção for aspirar alguma coisa mais expressiva, aí vai ter de mudar bastante coisa.