A Conmebol informou nesta sexta-feira que vai abrir investigação para apurar as manifestações de racismo contra o volante Tinga, após receber a queixa formal do Cruzeiro, na quinta. Alvo da queixa, o Real Garcilaso poderá sofrer duras punições em razão do comportamento discriminatório de sua torcida, que imitava urros de macaco quando o jogador tocava na bola. Pelo Regulamento Disciplinar da entidade, atos racistas podem até causar a desclassificação do time.
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"A Unidade Disciplinar da Conmebol abriu uma investigação preliminar diante da denúncia recebida no dia de ontem por parte do Cruzeiro. O clube brasileiro reclama que no jogo disputado no dia 12, contra o Real Atlético Garcilaso, torcedores do clube local mostraram conduta racista contra o jogador Paulo César Fonseca do Nascimento 'Tinga'", registrou a Conmebol, em nota.
A entidade destacou que a investigação ainda é preliminar e que pode culminar com a abertura de um expediente disciplinar contra o clube do Peru. Segundo o artigo 12 do Regulamento Disciplinar, a punição por atos discriminatórios pode ir de uma multa de US$ 3 mil até a eliminação do campeonato, passando ainda por perda de mando de campo, jogos sem torcida e perda de pontos.
Tinga sofreu ataques verbais dos torcedores do Real Garcilaso desde que entrou em campo no Peru, durante o segundo tempo da partida disputada em Huancayo, em rodada válida pelo Grupo 5 da Copa Libertadores. Após substituir Dagoberto, na estreia do Cruzeiro na competição, Tinga ouviu torcedores locais emitirem sons de macacos.
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