A pressão feita pela torcida do Coritiba foi fundamental para que a diretoria optasse pela demissão do técnico Marquinhos Santos e a contratação de Ney Franco, segundo o vice-presidente de futebol Ernesto Pedroso.
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“A torcida está acostumada a grandes resultados e a pressão era grande”, afirmou o cartola, em entrevista à Rádio Transamérica, na manhã desta segunda-feira (8). “Temos de trabalhar com cuidado e tomar as decisões que a torcida estava nos cobrando ininterruptamente”, acrescentou.
Em relação a escolha de Ney Franco, Pedroso contou que pesou mais a boa passagem do técnico pelo clube, entre 2009 e 2010, do que os últimos trabalhos do treinador, no Vitória, Flamengo e São Paulo. O dirigente argumentou que nenhum técnico no Brasil tem uma carreira só de bons resultados.
“Ney Franco é um homem trabalhador, conhecedor do futebol, teve uma trajetória brilhante no Coritiba, se identifica com o clube e a sua torcida. Era um clamor de toda a torcida que nós o trouxemos”, disse Pedroso. “Fizemos um sacrifício muito grande e ele foi muito atencioso em atender as nossas necessidades, econômicas e financeiras. Estava com um projeto muito bom de vida e desistiu acreditando no desafio do Coritiba”, afirmou. O novo treinador chega quarta-feira (10).
Pedroso ainda admitiu que o fato de Marquinhos Santos conhecer muito as categorias de base do clube foi fundamental para que ele permanecesse após a perda do Paranaense para o Operário. A ideia naquela época ainda era seguir um projeto a longo prazo, o que motivou o clube a fazer um contrato de dois anos com o agora ex-treinador. Situação que mudou com o início do Brasileiro, após cinco derrotas sem seis jogos.
“É fácil criticar o contrato de dois anos, mas o Marquinhos era unanimidade nacional no final do ano passado. A tendência natural do Coritiba, tanto da situação como da oposição, era achar que o Marquinhos era o técnico certo. Mas ninguém tem bola de cristal para saber que teríamos cinco derrotas em seis partidas”, afirmou Pedroso.
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