Após a derrota para o Flamengo, críticas da torcida e uma noite em claro, o presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade, desabafou ontem. "Estou triste, decepcionado, arrasado, procurando soluções", resumiu o mandatário alviverde.
Em entrevista exclusiva, o dirigente afirmou que o técnico Celso Roth segue prestigiado, mostrou confiança na qualidade do elenco apesar de seguir na busca por um centroavante e disse entender a reação da torcida que pediu a sua cabeça.
"O trabalho é bom do Celso [Roth]. Não tem o que criticar, ele exige, é competente, mas o resultado não vem, é difícil", disse Andrade.
Para ele, a ausência de vitórias, principalmente no Couto Pereira, passa pela má fase de alguns jogadores, somada à falta de força ofensiva, boas atuações das defesas adversárias e uma dose de azar.
"Estou procurando um 9, mas está difícil, você não encontra no mercado", lamentou. "Sei que temos algumas deficiências, mas o grupo tem de acreditar que pode sair [da zona de rebaixamento] e eu tenho de dar o apoio. "Não se pode negar a dedicação do time, seria desumano. E tem qualidade", afirmou.
O presidente garantiu que entende as críticas da torcida. "Vejo como normal, eu também sou torcedor, apaixonado. Eu estou presidente, então eles vão se dirigir a mim. Acompanho desde os 11 anos o futebol e vi cenas horrorosas contra ex-presidentes, incluindo uma agressão ao Evangelino [da Costa Neves], o maior absurdo que vi na vida. Tenho de ter tranquilidade".
Andrade negou que tenha discutido com torcedores no Couto Pereira, mas admite que temeu ser agredido por três coxas-brancas mais exaltados, o que, na opinião dele, teria ocorrido caso não houvesse seguranças na frente do camarote. "Fiquei preocupado porque a minha filha está grávida e estava comigo. Não tenho mágoa com o torcedor, só sou contra agressão", disse.
Apesar do pedido da arquibancada, o presidente garantiu que não sai do Coritiba até o fim do mandato [no final do ano]. "Tenho a responsabilidade de tirar o time dessa situação e vou até o fim. Não sou covarde", afirmou, para depois desabafar sobre problemas com antigos amigos.
"Em 2010 foram me buscar na minha casa para eu ser presidente [na verdade era vice do desgastado Jair Cirino e assumiu o comando de fato]. Não queria, o Coritiba tinha muito problema e ainda tem. E eles foram quatro, cinco vezes na minha casa. Depois não tinha candidato em 2011, ninguém quis. Tive de aceitar. E os mesmos que foram na minha casa são os primeiros a me xingar, isso é o que mais dói", lamentou.
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