Dominic e William: sucesso de um resultará no fracasso do outro| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo; Brunno Covello/Gazeta do Povo

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Pressionado, o Atlético vai ter alterações em relação ao time que perdeu por 2 a 1 para o Rio Branco, no último domingo. O técnico Dejan Petkovic não revelou quem sai do time, mas quer uma equipe mais criativa em campo. O volante Juninho deve voltar à sua posição original após ser improvisado na lateral direita. Mário Sérgio deve ser o escolhido para entrar. No ataque, Bruno Furlan deve começar jogando no lugar de Mosquito.

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Novidade

A principal novidade do Coritiba hoje será Anderson Aquino. A última partida do atacante foi em setembro do ano passado – ficou apenas 10 minutos em campo devido a uma lesão muscular no duelo contra o São Paulo. O últimogol do jogador foi em 26 de agosto de 2012, quando o Coxa perdeu para o Figueirense por 3 a 1, pelo Brasileiro. Esse jogo também foi o mais recente em que ele foi titular.

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William Menezes, goleiro do Coritiba, e Dominic Eberechukwu Uzoukwu, atacante do Atlético, provavelmente nunca se viram na vida. Tampouco ouviram falar um sobre o outro.

O arqueiro, natural da minúscula Campanha-MG, cidade de 15 mil habitantes a 316 km de Belo Horizonte, tem 24 anos. Nascido na capital paulista, o centroavante descendente de nigerianos é cinco anos mais novo. Unidos por um fato em comum, eles duelam hoje, às 19h30, na Vila Capanema, no Atletiba protagonizado por quase anônimos times sub-23.

Tanto William quanto Dominic chegaram aos clubes da capital da mesma forma. Jogaram contra suas futuras equipes e impressionaram. "Quando a gente fez aquele amistoso na parada da Copa das Confederações fui bem, fiz boas defesas e perdemos só de 1 a 0. Ali começaram as observações", relembra William, que na ocasião defendia o Taubaté.

O atleticano, por outro lado, não balançou a rede na decisão da SC Cup, em dezembro de 2011, mas agradou. Seu histórico de gols no na categoria sub-16 motivou diretamente sua contratação pelo Furacão apenas seis meses depois.

Filho de nigeriano com brasileira que se conheceram graças ao acordo bilateral entre os países na década de 1970 – o Brasil dava bolsas de estudo em troca do petróleo da Nigéria –, o atacante de 1,95 m foi titular em todos os quatro jogos da equipe no Paranaense. Ainda não marcou, mas seu porte físico e disposição o transformaram em uma grande aposta do técnico Dejan Petkovic.

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"Ele é um jogador de referência, de área. Se espelha muito no Drogba e no Eto’o e tem muito a demonstrar no Atlético", comenta Joseph Uzoukwu, um dos sete irmãos do jogador – Bryan, o mais novo, joga no juvenil do Vitória.

Ao contrário de Dominic, que passou apenas pelas categorias de base de Corinthians e Audax-SP antes de chegar ao CT do Caju, o camisa 1 do Coxa sub-23 rodou muito antes de receber sua grande chance.

Formado nas canteiras do Cruzeiro, onde trabalhou com Ney Franco, justamente quem aconselhou sua contração ao Coritiba, William foi emprestado a vários times de pouca expressão.

Com passagem pela seleção brasileira sub-17, só agora pôde atuar por um clube de Primeira Divisão, mesmo que na "realidade alternativa" do Estadual. "Estar em um time grande é sempre muito importante. Deu crescimento na minha carreira, mas agora é almejar o grupo principal. Sei que o Vanderlei ainda é o titular, mas tenho de pensar em coisa grande", afirma o goleiro, que sofreu três gols em quatro partidas até aqui – média de 0,75 por jogo – e espera continuar agradando hoje.

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