Escolhido às pressas para aliviar a desconfiança na meta alviverde; questionado por falhas nos dois primeiros jogos com a camisa do clube; destaque com direito a um gol de pênalti na dura classificação contra o Fortaleza, pela Copa do Brasil; e considerado o melhor goleiro da segunda rodada do Brasileiro. Em quatro duelos o goleiro Bruno viveu um looping de emoções com a camisa do Coritiba.
Situações distintas que o permitem ver evolução na sua breve largada pelo time do Alto da Glória. Ele até comemora, mas com moderação. “Fico satisfeito. Mas não me iludo. Se não repetir o bom rendimento a cobrança vai voltar e a pressão virá. Não foi a primeira e não será a última vez que fui escolhido o goleiro da rodada”, comentou o arqueiro alviverde, sobre o reconhecimento após a sua atuação na vitória contra o Grêmio, por 2 a 0.
No primeiro jogo em casa pelo Brasileiro, a equipe conseguiu passar em branco após cinco jogos, período em que sofreu dez gols. A última vez em que havia ficado sem buscar uma bola nas redes foi ainda pelo Paranaense, nos 3 a 0 do jogo de volta contra o Londrina, dia 19 de abril.
A instabilidade da defesa custou a posição de Vaná, prata da casa e um dos jogadores mais queridos do elenco. A falta de ritmo de Bruno também abriu a procura por um goleiro mais experiente. Dida e Aranha entraram na pauta do clube.
“Vão ter jogos que a experiência vai pesar, em outros será a juventude, em outros o lado emocional e até um pouquinho de sorte. Estamos trabalhando em um nível de excelência muito bom e evoluindo. O trabalho do goleiro precisa de sequência. E se não tiver oportunidade não vai ter experiência. Se a diretoria achar que precisa contratar alguém para somar, ótimo. Mas podemos dar conta do recado tranquilamente”, garantiu Bruno, que tem 24 anos. Além dele e de Vaná, também de 24 anos, o clube conta com Samuel (21 anos), Rafael Martin (24) William (26).
O jogador chegou este ano no Alto da Glória, envolvido na transferência do meia Dudu para o Criciúma e ganhou a posição após o fracasso do Coxa no Paranaense. “Cheguei para buscar o meu espaço. Apesar de eu ter jogador um pouquinho mais do que eles, temos quase todos a mesma idade. O respeito é grande”, garantiu
“Senti junto com o Vaná quando ele perdeu a vaga, sinto que ele está torcendo por mim. A amizade é sincera. Não me lembro de outra vez em que trabalhamos em cinco goleiros e havia essa harmonia tão grande entre todos. Às vezes se tem uma empatia maior com um ou outro, mas aqui não”, contou o jogador que ganhou o carinho de todos os colegas com a participação na classificação alviverde contra o Fortaleza
“Foi um momento único. Na véspera do jogo eu pensei: ‘Vou cobrar um pênalti só para garantir’. Cobrei duas vezes no treino e acabou ajudando”, acrescentou o jogador, que participou da interminável cobrança de 22 pênaltis que garantiram o passaporte do Coxa na terceira fase da Copa do Brasil.