Nesta segunda-feira (21), a partir das 19 horas, no Couto Pereira, o Coritiba terá uma noite decisiva nos bastidores do clube. O Conselho Deliberativo vai se reunir para votar o parecer que pede a exclusão dos principais envolvidos no chamado ‘Caso Whatsapp’, em que conversas envolvendo funcionários, dirigentes e conselheiros do Coxa vazaram, expondo um racha na diretoria alviverde. A tendência é de que o embate jurídico seja grande.
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“A maioria dos conselheiros dificilmente vai ler o relatório, que tem mais de 400 páginas. Será provavelmente um julgamento político, onde a opinião sobre o assunto já está formada em muitos desde o início”, admite o presidente do Deliberativo alviverde, Pier Petruzziello, que deixará o cargo após a sessão.
No relatório, a comissão que avaliou o caso pede a exclusão dos vice-presidentes André Macias e Pierre Boulos do Deliberativo, além dos conselheiros Arthur Klas, Christian Gaziri e Carlos Eduardo Vianna. A acusação é de quebra de decoro.
No entanto, no caso de Macias e Boulos, mesmo que eles sejam declarados culpados, será necessária uma assembleia de sócios para que os dois deixem de ser conselheiros e vice-presidentes. Isso porque o primeiro foi eleito pelos sócios e o segundo substituiu Ricardo Guerra, também eleito na último pleito do clube, em dezembro de 2014.
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Procurado pela reportagem, Boulous preferiu não dar entrevista e Macias disse que o seu advogado, Luiz Fernando Pereira, falaria por ele. “Acredito na inocência do meu cliente. Além disso, há erros no processo, pois nunca foi feita uma acusação formal e lhe dado o direito à defesa antes do relatório. Não acredito que saia uma decisão final nessa segunda-feira”, disse Pereira. O advogado dos outros acusados, Claudio Delladone, não quis se pronunciar.
Segundo o presidente do Deliberativo, todos os indiciados poderão se defender antes da votação, seja com seus advogados ou pessoalmente. Cada acusado será avaliado separadamente e a exclusão do Conselho precisa ser aprovada por dois terços dos participantes da reunião. Nenhum deles, porém, corre o risco de ser expulso do quadro associativo.
Bruno Kafka
O associado Bruno Kafka, que divulgou as mensagens que geraram toda a polêmica no Coxa, teve a expulsão sugerida do quadro associativo, já que não é conselheiro. “Depois de um processo parcial, tendencioso, não é surpresa que eles recomendem a minha expulsão. Só comprova a fraqueza institucional que o Coritiba está passando na mão de certas pessoas”, reclama Kafka.