A fase é tão ruim que nem a mudança de treinador é capaz de chacoalhar as coisas pelos lados do Alto da Glória. Pela primeira vez sob o comando de Péricles Chamusca, o Coritiba não mostrou nada de diferente diante do Flamengo, a não ser a baixíssima qualidade técnica. Não à toa sofreu mais uma derrota no Brasileirão: 2 a 0 na noite de ontem no Couto Pereira.
Com mais esse revés, já contabiliza seis partidas seguidas sem vencer na competição perdeu três e empatou outras três. Com apenas uma vitória nos últimos 13 duelos, fica cada vez mais à mercê da zona de rebaixamento. Empacado nos 31 pontos, agora é o 15.º colocado e está a apenas seis pontos da degola. A diferença, porém, pode diminuir para quatro se o Vasco bater o Internacional hoje.
Pior é que a partida indicou tudo de ruim que pode ocorrer com um time que se aproxima cada vez mais da zona de rebaixamento. Adversário quebrando tabu de 15 anos, torcida vaiando a diretoria e pedindo jogadores de qualidade, atleta expulso na estreia, Bill batendo boca com torcedores após ser substituído, auxiliar-técnico Tcheco puxando jogador para evitar falar com a imprensa. E quem falou não teve muito o que explicar. Um roteiro bem conhecido pelos coxas-brancas, que não promete um final feliz.
"Temos de seguir, temos de jogar, tentar vencer. Não tem muito o que falar, precisamos tentar fazer algo diferente e voltar a vencer", analisou Alex, sem entender muito bem mais uma derrota do Coxa.
Sob esse cenário é que o Alviverde vai encarar o maior rival, o Atlético, no domingo, às 16 horas, na Vila Capanema. Enquanto segue rumo à zona do rebaixamento, precisa ver o adversário ainda com gordura no G4 é o quarto com 41 pontos.
"Estamos correndo demais, estamos saindo esgotados dos jogos, mas a bola não está entrando. Temos esse Atletiba pela frente que pode ser a melhor situação para a reabilitação", disse Robinho.
Para se reabilitar na competição, o técnico Péricles Chamusca vai precisar criar algo diferente, o que não conseguiu fazer na noite de ontem. Tanto que o Coritiba repetiu os mesmos defeitos das últimas rodadas: passividade na defesa, falta de criatividade, péssima pontaria e apatia.
Por isso acabou vendo o Flamengo vencer no Couto Pereira, o que não ocorria desde 1998. O primeiro golpe foi no final do primeiro tempo, aos 46 minutos, quando André Santos abriu o placar. Na volta do intervalo, aos 4 minutos, Wallace ampliou. Para ficar ainda pior, o Alviverde viu o estreante da noite, o volante Germano, ser expulso.
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