Em decisão publicada nesta terça-feira (24) pelo Tribunal Regional do Trabalho do Paraná, o Coritiba terá de pagar R$ 10 mil ao atacante argentino Ariel Nahuelpan por danos morais. À decisão ainda cabe recurso, mas o clube considerou o valor a ser pago um mal menor. O atleta, que jogou entre 2008 e 2010 no Coxa, pedia uma rescisão de contrato milionária e perdeu, ao que também cabe recurso.
No caso, o argentino, atualmente no Pumas, do México, acusava o Coritiba de não ter pago três meses de FGTS e INSS e por isso, mesmo tendo abandonado o clube, alegava que tinha direito à rescisão. Como o Coxa comprovou os pagamentos, a decisão foi contra o atleta.
O pagamento de R$ 10 mil terá de ser feito por causa de danos morais. Segundo decisão da 11ª Vara de Trabalho de Curitiba, foi "comprovada a divulgação em imprensa local de notícia que traz citações, entre aspas, de declarações desabonadoras do atleta profissional, capazes de violar sua honra e imagem e de expor a sua família a risco, feitas por superior hierárquico, com suas próprias palavras, por cujos atos compete ao empregador responder".
Segundo o advogado do Coritiba, Gustavo Nadalin, o clube não se manifesta sobre decisões judiciais. Nem sequer foi informado quem seria o "superior hierárquico" que deu as declarações que levaram ao pagamento de R$ 10 mil ao jogador por danos morais.
Entenda o caso
O problema envolvendo Ariel e o Coritiba surgiu a partir de uma lei que forçava o jogador estrangeiro a assinar um contrato de dois anos, o período em que durava o visto de trabalho.
Como já havia assinado contrato de cinco anos, segundo o Coritiba, o jogador se prontificou a renovar o vínculo automaticamente quando atualizasse o visto. Porém, passados dois anos, o argentino quis sair do Coxa, alegou atrasos nos pagamentos e começou o imbróglio judicial.