Alex vestiu a camisa de seis clubes como profissional. É ídolo de quatro torcidas. Mas para duas delas a figura do jogador é maior do que para as demais. Foi no Coritiba que Alex começou e decidiu terminar a carreira. Foi pelo Cruzeiro que viveu o ano em que seu futebol mais brilhou e rendeu títulos.
Nesta quarta-feira (24), pelo Coritiba, Alex enfrenta o Cruzeiro pela última vez antes da aposentadoria, prevista para dezembro deste ano. O jogo é fundamental para os dois times. O Coxa tenta deixar novamente a zona de rebaixamento. A Raposa, retomar a segura trilha do título nacional após sofrer duas derrotas nas três últimas rodadas. Mas nenhum personagem será tão especial neste duelo quanto Alex.
Por isso, listamos cinco momentos marcantes do craque pelo Coritiba e pelo Cruzeiro.
No CoritibaDe volta à Série ABastou um semestre para Alex, aos 18 anos, tornar-se peça fundamental do Coritiba. Ao lado de Ademir Alcântara e Pachequinho, conduziu o time de volta à Série A do Brasileiro. No jogo do acesso, fez o primeiro e deu o passe para Pachequinho marcar o terceiro na vitória por 3 a 0 sobre o Atlético.
A primeira visitaAo longo dos 15 anos entre a saída e o retorno ao Coritiba, Alex esteve diversas vezes no Alto da Glória como adversário. Logo na primeira, em 1997, pelo Palmeiras, ouviu o grito que marcaria todas essas partidas: "Não é mole, não! O Alex é Verdão de coração!". "Retribuiu" o carinho fazendo o gol de empate dos paulistas, nos acréscimos.
Alex voltouMais de 10 mil torcedores foram ao Couto Pereira receber Alex na tarde de 18 de outubro de 2012, após o Coritiba vencer pelo coração uma disputa em que Palmeiras e Cruzeiro puseram mais dinheiro na mesa para o jogador. Alex desceu de helicóptero, posou ao lado de ídolos alviverdes e deu o tom do que seria o último capítulo da sua carreira: "Vou tentar trabalhar ao máximo para que eu possa me tornar ídolo. Hoje eu sou um torcedor privilegiado. Posso pôr a camisa e ir a campo."
Enfim, campeãoAlex jamais havia sido campeão pelo Coritiba. Uma lacuna preenchida em grande estilo, diante do maior rival e com exibição de gala. Alex fez dois gols na vitória por 3 a 1 sobre o Atlético e levou o Coxa ao título estadual de 2013.
Mil vezes AlexO jogo contra o J. Malucelli, pela primeira fase do Paranaense deste ano, ganhou um significado gigantesco para Alex. Foi a milésima partida profissional do jogador. Uma festa que começou com o capitão entrando em campo acompanhado dos três filhos e terminou em vitória por 1 a 0, gol de pênalti. Na entrevista coletiva, ele recordou a trajetória da estreia, contra o Iraty, até a milésima partida no último ano da carreira. "Naquele jogo em Iraty, eu só pensava em tirar os meus pais do aluguel. Eu consegui fazer com que eles saíssem depois do meu primeiro ano. Depois disso, só cresci", disse.
No CruzeiroPrévia no clássicoA primeira passagem de Alex pelo Cruzeiro, em 2001, foi terrível. O único momento de brilho parece ter sido escolhido a dedo pelo meia: dois gols no clássico com o Atlético-MG, em uma prévia do que ele faria com a camisa azul dois anos mais tarde.
Finais da Copa do Brasil de 2003O segundo passo para a tríplice coroa cruzeirense em 2003 foi a conquista da Copa do Brasil contra o Flamengo, título em que Alex teve papel preponderante. No primeiro jogo da final, Alex fez de letra o gol no empate por 1 a 1. No Mineirão, saíram dos pé esquerdo do camisa 10 as assistências para os três gols da Raposa, marcados por Deivid, Aristizábal e Luizão.
Volta olímpicaSuspenso, Alex ficou fora do jogo do título brasileiro de 2003, contra o Paysandu, mas nem por isso deixou de ser protagonista. Com a partida já decidida, Alex subiu ao gramado e deu uma volta olímpica com a bola ainda rolando.
Despedida de artilheiroO ano mais vitorioso da história do Cruzeiro terminou com show de Alex. O meia fez cinco gols na goleada por 7 a 0 sobre o Bahia, na Fonte Nova, e passou Aristizábal na briga pela artilharia do time na competição: 23 a 21. Alex é até hoje o maior artilheiro do Cruzeiro em uma edição de Campeonato Brasileiro.
Volta como heróiJogador do Fenerbahçe havia cinco anos, Alex foi homenageado no Mineirão durante a semifinal da Libertadores de 2009, contra o Grêmio. Repetiu a cena de 2003 e deu uma volta olímpica - antes da partida que a Raposa venceria por 3 a 1.
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