A derrota por 3 a 0 na partida de ida da final do Paranaense faz com que o Coritiba tenha de realizar algo inédito nas 101 edições do Estadual para ficar com o título: reverter uma vantagem de três gols de diferença em decisões. Para tanto, os comandados de Gilson Kleina precisam aproveitar alguns artifícios para sair do Couto Pereira, no próximo domingo (8), com a taça.
Pressionar a saída de bola
Desde que o técnico Paulo Autuori assumiu o Atlético, há cerca de dois meses, adotou um estilo de jogo para a equipe que envolve a posse de bola e a saída do campo de defesa trocando passes com seus defensores. O Coritiba pode tirar proveito da forma de atuar do rival e tentar estabelecer uma marcação sob pressão no campo de ataque, roubando a bola perto do gol e gerando chances mais claras de marcar. A tática, porém, tem suas falhas. Subir a marcação pode expor a defesa e, se o resultado já dificulta a vida alviverde, sofrer gol no domingo praticamente sela a conquista atleticana.
Anular o meio de campo atleticano
Com o ataque vivendo jejum, o meio de campo é o principal setor do time atleticano. Além de marcar gols – Vinícius tem quatro, Marcos Guilherme três e Nikão um –, os jogadores do setor formam a base da forma de jogo da equipe. Otávio na proteção à zaga e Nikão na armação têm sido as principais armas rubro-negras. Para sonhar com uma reviravolta, o Coritiba precisa anular a saída de bola dos volantes, não dando espaços para que conduzam a equipe ao campo de ataque, e manter a vigilância sobre Nikão e Pablo, que deram origem as jogadas dos três gols da equipe na Baixada.
Jogar pelas laterais
Durante todo o Estadual, a aposta alviverde foi na força pelos lados do campo. Com jogadores rápidos pelas laterais, como o lateral Carlinhos e o atacante Negueba (foto), a equipe alviverde abriu defesas adversárias e deixou de marcar gols em apenas uma partida do Paranaense. Contra um meio de campo consolidado e reconhecido pela boa marcação, explorar as deficiências dos laterais Léo e Sidcley pode ser o caminho para buscar reverter a desvantagem da primeira final.
Apostar no Gladiador
Artilheiro do campeonato, com 13 gols, Kléber (foto) pouco apareceu no jogo da Arena. Ficou isolado entre a zaga rubro-negra e participou pouco das ações ofensivas, já que Kleina apostou em uma postura mais defensiva na casa atleticana. Kléber tem se destacado pelo posicionamento de área e pelo oportunismo. O Coritiba precisa apostar na presença do artilheiro na decisão, fazer as jogadas chegarem até o avante e criar espaços para que ele consiga finalizar.
Usar a torcida
Apesar do resultado da primeira partida ter esfriado o ânimo da torcida alviverde, o clima do clássico deve ser intenso. Para seguir sonhando com a conquista, o Coritiba precisará da força das arquibancadas a seu favor, mostrando vontade em campo. Conseguir um gol cedo no jogo deve ajudar na tarefa. Se chegar ao segundo tempo sem marcar, ou se mostrar pouca disposição no começo da partida, o Coxa corre o risco de ver as arquibancadas voltarem contra o próprio time.
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