O Atlético de Everton ainda sonha com o vice no Brasileiro; Alex é a principal arma do Coritiba para se manter na elite| Foto: Hugo Harada/ Gazeta do Povo; Antonio More/ Gazeta do Povo

Atlético e Coritiba colhem, hoje, os últimos frutos de uma temporada construída de maneiras totalmente opostas. O Furacão recebe o Vasco, na Arena Joinville, para carimbar o retorno à Libertadores após nove anos. O Coxa visita o São Paulo, no Novelli Júnior, em Itu, para permanecer na Primeira Divisão. Os dois jogos começam às 17 horas, a exemplo das seis outras partidas do dia pela última rodada do Campeonato Brasileiro.

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A classificação ao principal interclubes do continente consagrará de vez a inédita preparação feita pelo Rubro-Negro. Após anos de ameaça, o Atlético deixou o estadual definitivamente em segundo plano e deu ao elenco principal uma pré-temporada de quatro meses. O lastro físico foi fundamental para o time chegar à final da Copa do Brasil e estar no G4 do Brasileiro há 22 rodadas. Resultado superior ao projetado pela própria diretoria, que se contentava com uma permanência tranquila na Série A.

Ironicamente, a chegada à Libertadores resultará em uma pré-temporada mais curta para o Atlético em 2014. A derrota para o Santos, domingo passado, reduziu a chance de vice-campeonato, agora atrelada a uma derrota do Grêmio para a Portuguesa. O segundo lugar dá R$ 2 milhões a mais de premiação do que o terceiro e assegura passagem direta à fase de grupos do torneio continental. Ficando em terceiro, o Furacão terá de entrar em campo já em 29 de janeiro, 26 dias depois da volta das férias, para um mata-mata em que jogará a presença na fase principal do torneio sul-americano.

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Na hipótese de fechar o cam­­peonato em quarto, ainda terá de esperar mais três dias, até a definição do campeão da Sul-Americana. Em caso de título da Ponte Preta, o G4 do Brasileirão vira G3. Por isso, o Atlético pretende resolver por conta a classificação.

"Só dependemos de nossas forças. Teremos novamente de provar que somos capazes, como fomos durante o campeonato inteiro. É o último jogo do ano, a última oportunidade de conquistar a vaga para a Libertadores", afirmou o goleiro Weverton.

Seja qual for o desfecho do campeonato, o Coritiba irá rever todo o seu planejamento para a próxima temporada. Em 2013, a conquista do tetra estadual foi tratada como prioridade no clube, que fez uma preparação curta e preservou todos os titulares apenas no primeiro jogo oficial, contra o Operário.

Para 2014, a pré-temporada terá no mínimo 25 dias, após 30 de férias. O elenco principal será poupado para a segunda fase do Paranaense. Um elenco que terá de quatro a cinco reforços, com prioridade para as laterais e o ataque. Mas que depende da divisão em que o clube estará no Brasileiro para ganhar uma cara definitiva.

"Se cair, a folha de pagamento tem de diminuir", diz o presidente Vilson Ribeiro de Andrade. O dirigente prevê um corte de 18 a 20% no orçamento já aprovado de R$ 96 milhões para o ano que vem. Redução que vem não só da troca de jogadores mais caros por outros mais baratos, mas também da fuga de sócios durante o Estadual e da queda no faturamento com novos contratos de patrocínio. Ao menos com Alex o clube pretende contar, mesmo que seja na Série B.

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"A opção de jogar no Coriti­­ba sempre foi dele, tanto que recusou propostas mais vantajosas. O Alex sempre se identificou com o Coritiba e não tenho dúvida de que fica até o fim do contrato [em dezembro de 2014), independentemente de divisão", aposta o dirigente.