A diversão de Alex é o motor ofensivo do Coritiba no Campeonato Brasileiro. Os gols e as melhores chances de ataque do atual vice-líder do Nacional têm, inevitavelmente, o carimbo do camisa 10 alviverde. O empate por 2 a 2 contra o Santos, domingo, na Vila Belmiro, é a melhor síntese de como o Coxa precisa do seu capitão para ameaçar e vazar a defesa adversária.
Alex foi o responsável por 6 das 15 finalizações contra a meta santista. Das nove chances reais de gol criadas pelo Coritiba, oito tiveram a sua participação, seja chutando, dando o último passe ou armando a jogada. Duas delas acabaram na rede do goleiro Aranha, fora uma bola na trave.
"É o melhor jogador em atividade no Brasil após as saídas de Neymar e Paulinho. Sempre acha um espaço vazio para jogar", elogiou o técnico Claudinei Oliveira, do Santos.
Questionado, ainda no domingo, sobre ser o grande craque em atividade no futebol brasileiro, Alex saiu pela tangente. Disse que entra em campo com a cabeça de quem está indo bater bola com o filho ou com os amigos. "Estou me divertindo", revelou. A três dias do duelo com o Santos, tinha dado uma definição mais nítida do seu papel no Coritiba atual.
"Estou jogando o possível dentro do que o time tem jogado. Estou trabalhando para ser decisivo nas partidas. Com passes ou gols meus, as coisas estão acontecendo. Mas acredito que posso melhorar, juntamente com o time", afirmou.
Os números dão contornos mais reais a esse Alex decisivo. Somente dois gols do Coritiba no Brasileiro os da vitória sobre o Atlético-MG, na estreia não tiveram a participação do camisa 10. Nos demais, ele deu o passe para três, mandou a bola para a rede em quatro e participou da jogada em outros dois. Das finalizações do Coxa no torneio, uma em cada cinco saem de seus pés. Entre as chances reais de gol, a proporção é ainda maior: duas a cada três.
Após a Copa das Confederações, Alex tornou-se ainda mais mortal. Todos os cinco gols marcados pelo Coxa tiveram sua participação: bola na rede contra Flamengo e Santos (duas vezes), uma assistência (contra o Flamengo) e a jogada que decidiu o Atletiba.
Uma arrancada que coincide com o período potencialmente mais complicado para o Alviverde e seu grande jogador. A partir do jogo com o Vitória, domingo, serão sete duelos em três semanas, sequência que o time não encarava desde o Campeonato Paranaense e a Copa do Brasil.
No primeiro semestre, Alex chegou a ser poupado de viagens mais desgastantes (Rolândia, no Paranaense; Sousa e Manaus, na Copa do Brasil). Para a maratona do Brasileiro, não há previsão de que ele seja retirado do time em alguma partida.
A série pré-Copa das Confederações é um exemplo. Alex esteve em campo nos cinco jogos realizados em duas semanas. Depois, seguiu para a intertemporada em Foz do Iguaçu, na qual teve o mesmo padrão de trabalho físico do restante do elenco. Voltou se divertindo como nunca.
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