O Coritiba tenta reforçar neste domingo – a partir das 18h30, contra o Cruzeiro, no Mineirão –a surpreendente escalada na classificação do Brasileiro. Uma virada com viés político.
Nas últimas dez rodadas, seis vitórias, três empates e uma derrota. Aproveitamento de 70% construído com habilidade por Ney Franco no extracampo.
TABELA: veja a classificação da Série A
Além da pressão para deixar a zona de rebaixamento, o técnico precisou blindar o elenco para os problemas administrativos do clube. Ele mesmo se safou de uma suposta instabilidade e ingerência no departamento de futebol.
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Em agosto, após vazamento de conversas no aplicativo de celular WhatsApp, soube-se que os vice-presidentes André Macias e Pierre Boulos não queriam mais a permanência de Ernesto Pedroso no comando do futebol. A crise teria batido à porta do vestiário.
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VOTE NA ENQUETEApós uma sequência de oito jogos sem vitórias, Ney Franco precisou ‘fechar o grupo’, pedir apoio do presidente e iniciar a surpreendente reação. Arrancada que começou na vitória contra o Palmeiras.
GRÁFICO: o ápice do Coritiba desde 2003
Diante da crise, o comandante alviverde não conseguiu pouca coisa neste período de 10 jogos – a partir da derrota para o Santos, quando ele próprio se sentiu ameaçado no cargo e sofreu pressão para afastar jogadores.
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O clube saltou da lanterna, com oito pontos de desvantagem para o primeiro time fora da ZR, para o 14º lugar.
Desde 2003 – quando o Coxa se classificou à Libertadores – não se tinha tantos pontos em tão poucos jogos na estatísticas alviverdes em Nacionais.
Há 12 anos, quando terminou o Brasileiro na 5ª colocação, da 5ª à 15ª rodada, o time emplacou oito vitórias, dois empates e sofreu apenas uma derrota em 11 jogos disputados (78% de eficiência).
A reformulação no departamento de preparação física e a tranquilidade obtida após mudanças diretivas contribuiu diretamente para a melhora no aproveitamento, diz o treinador, que diz ter salvo o volante João Paulo de uma dispensa ou afastamento.
“Vestiário é sagrado, não pode servir de informações para reunião do G5 [cúpula do clube]”, lamenta Franco.
Mesmo com seis desfalques para o jogo de hoje, o treinador prefere não lamentar. Confia no grupo. E diz que o pior já passou. “Os jogadores não ouvem mais pessoas do próprio clube falando mal deles”.
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