Manga foi decisivo para o Coxa em 1978| Foto: Coritiba/Divulgação

Dida não será o primeiro goleiro ‘quarentão’ contratado pelo Coritiba caso a negociação com o Internacional tenha um desfecho positivo. Em 1978, o pernambucano Haílton Corrêa de Arruda, o Manga, defendeu o Coxa com 42 anos, mesma idade que o atual terceiro arqueiro do Colorado completa em outubro.

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Titular da seleção brasileira no Mundial de 1966, e com passagens marcantes por Botafogo, Nacional-URU, Inter e Grêmio, Manga foi peça importante na conquista do título paranaense. Não levou gol no quadrangular final, nem nos três jogos decisivos contra o Atlético (triplo 0 a 0), além de pegar duas cobranças na decisão por pênaltis.

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Para o ex-zagueiro Cláudio Marques, que jogou com Manga no Alviverde, repetir a estratégia pode funcionar. “Acho que seria uma boa contratação. Ele [Dida] tem experiência, liderança. Não é um cara de falar muito, é fechado, mas é bom de grupo e um grande goleiro”, opina, com uma ressalva.

“Não posso dizer se o Dida treina igual ao Manga, que era o sempre primeiro a chegar e o último a sair”, destaca. “E depois do treino ele ainda jogava as bolas para fora da área e mandava a gente soltar a perna”, completa.

O diretor de futebol do Inter, Carlos Pellegrini, confirmou no domingo (10), que o Coritiba sondou a situação do experiente goleiro de três Copas do Mundo. As conversas estão em estágio inicial, já que a liberação só aconteceria a partir do momento que os gaúchos terminarem sua participação na Libertadores – Dida está inscrito no torneio e não é mais possível substituí-lo. O salário do jogador gira em torno de R$ 140 mil e teria de se enquadrar à política de poucos gastos do clube.

Fora de campo, porém, Dida e Manga – que se aposentou em 1983 e atualmente vive no Equador – têm perfis bem diferentes. Enquanto o ex-jogador do Milan não gosta de aparecer e raramente concede entrevistas, Manga era polêmico. “Uma pessoa complicada extracampo, tinha dois, três casamentos, além de outras atividades, como apostas em corridas de cavalo. O Dida é um gentleman e pode agregar muito com sua tranquilidade”, fecha Marques.