Há quase três meses a estudante Ana Paula de Lima, 18 anos, aguarda para testemunhar sobre a acusação que faz contra policiais da Rondas Ostensivas de Natureza Especial (Rone) pela abordagem que recebeu quando ia com outros torcedores para o Couto Pereira assistir ao jogo entre Coritiba e Vasco, no dia 17 de novembro de 2012.
Na ocasião, dois policiais imobilizaram Ana Paula e a encostaram energicamente contra a porta de aço de um estabelecimento comercial, empurrando a cabeça da moça. A ação foi filmada por outra torcedora e publicada em um site de compartilhamento de vídeos. Três dias depois, a Polícia Militar instaurou um inquérito policial militar para averiguar os fatos e avaliar se houve excesso dos profissionais.
"Até agora ninguém me procurou para eu dar a minha versão. Sigo esperando. É muita falta de respeito", afirmou quinta-feira a jovem. Na investigação, seria feita a perícia técnica do vídeo divulgado pela torcedora, a escuta de testemunhas e a avaliação dos fatos em um prazo de 40 dias úteis, a serem completados no próximo dia 16 (quarta-feira). Se necessário, a PM pode solicitar mais 20 dias úteis para concluir a investigação.
Contatada pela reportagem da Gazeta do Povo para falar sobre o andamento do inquérito, a assessoria de imprensa da PM informou que não poderia passar informações porque a prioridade era o atendimento ao caso da família mantida refém em Joaquim Távora, no Norte Pioneiro.
Veja o vídeo da abordagem policial à torcedora do Coritiba:
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