Valdir Barbosa, 56 anos, ex-diretor de futebol do Cruzeiro, passa a dar as cartas no departamento de futebol do Coritiba a partir desta terça-feira (18). Com contrato de dois anos e quatro meses, ele será os olhos da diretoria e a boca dos vestiários já a partir dessa quarta, quando o Coxa recebe o Grêmio pela Copa do Brasil, às 19h30, no Couto Pereira.
O discurso otimista marcou sua apresentação à imprensa. “O que vi de errado até agora foram apenas os resultados”, disse em sua primeira análise do trabalho desenvolvido pelo Alviverde até aqui.
A totalidade de suas atribuições ainda não são conhecidas, já que o clube passa por uma reestruturação administrativa. Mas, a grosso modo, a linha do departamento de futebol terá Ney Franco nos vestiários, Barbosa no meio do caminho e Maurício Cardoso na outra ponta. Todos se reportam ao presidente Rogério Bacellar.
“Você tem que ser uma pessoa de confiança das três partes. Tem que ter jogo de cintura e ser político, para que todos confiem em você”, explicou. Além de ser este elo e prometer estar em todos os treinos, antes e depois dos jogos, Barbosa terá mais responsabilidades do que o previsto anteriormente pelo próprio presidente.
No início do mês, Bacellar havia dito que não queria um diretor com participação ativa na contratação de jogadores. O discurso de Barbosa, porém, vai em outra direção. Por tudo que disse, o novo funcionário do clube será um “diretor clássico”, com acessos, indicações e influência nos bastidores do time.
Mesmo assim, Barbosa tentou minimizar sua importância na montagem do elenco para tentar validar o discurso de Bacellar. “Trabalho sobre a custódia do presidente. Sou acostumado a trabalhar em regime presidencialista. Quem vai dizer o sim, vai definir ou não, será ele, não eu. Daremos uma consultoria nessa área”, disse.
Depois de estar à frente do departamento de futebol do Cruzeiro nos títulos do Brasileiro em 2013 e 2014 – tem no currículo ainda títulos da Copa do Brasil e Libertadores –, ele vinha sendo muito criticado pela torcida da Raposa. “A figura de um diretor tem que ser diferente. Não é solução para tudo, nem o culpado por tudo. É parte da engrenagem que funciona na equação futebol. E também trabalha com a sorte”, disse.
Ele frisou, no entanto, que não foi dispensado, mas que pediu demissão do Cruzeiro por acreditar no projeto do Coritiba. Ele citou as dificuldades que a Raposa passou em 1997 e 2001, quando esteve próximo ao rebaixamento, para depois mencionar os sucessos que o time obteve a seguir, tentando traçar um paralelo com o futuro que vislumbra para o Alviverde.
Barbosa afirmou que o campo de crescimento do Coritiba é enorme. “O Coritiba tem um potencial muito grande e não carrega nenhum tipo de antipatia no Brasil. Isso é importante. É campeão brasileiro, vice da Copa do Brasil por duas vezes, e isso dá uma sustentação ao clube”, comentou.
Quando foi questionado sobre continuar tendo um Atlético como rival, Barbosa se soltou e riu. “Sempre ganhamos do Atlético.”
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