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Tcheco vive intensamente os últimos dias da carreira | Jonathan Campos/ Gazeta do Povo
Tcheco vive intensamente os últimos dias da carreira| Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo

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O Tcheco precisa parar?

"O Tcheco é um atleta com percentual de gordura excelente. Eu diria que a idade biológica dele é de 28 ou 29 anos. Mas é claro que o ser humano não é só corpo."

Raul Osiecki, fisiologista.

"O Tcheco foi um atleta muito profissional, então o tempo de vida útil se prolonga. Com a experiência e com a qualidade técnica dele, poderia jogar mais."

Glydiston Ananias, coordenador de desempenho físico.

"Poderia continuar, mas é uma coisa particular. Tem condições de participar em alto nível. De repente pelo menos mais essa temporada."

Paulinho Alves, supervisor da comissão técnica.

A cabeça de Tcheco é um turbilhão de emoções. Aos 36 anos, o jogador do Coritiba vê o fim de sua carreira se aproximar. No último domingo, após marcar na vitória por 3 a 0 sobre o Atlético-GO, no Couto Pereira, ele comemorou com a torcida como se fosse um garoto. Catarse de um ídolo que, no fundo, ainda não sabe lidar com o fim iminente.

"Eu tento não pensar muito. Mas, de uma forma ou outra, esses lampejos de pensamentos passam pela cabeça. Vou enlouquecer se ficar relembrando o passado", diz o meia, que programou a aposentadoria para o término da participação do Coxa na Copa do Brasil. Isso pode ocorrer se a equipe não reverter a vantagem do São Paulo, no Alto da Glória, amanhã.

Há, ainda, outro pensamento que cruza a cabeça do veterano. Avançando na competição, a despedida seria adiada pelo menos um mês, já que o campeão da Copa do Brasil será conhecido apenas no dia 25 de julho. "Temos de pensar em passar de fase. Isso não é sobre mim, envolve muito mais coisa, os jogadores, o Coritiba em si", afirma, feliz com a possibilidade estender sua trajetória mais um pouco.

Se Tcheco extravasou no gol contra o Dragão, imagine como não seria a comemoração de lance decisivo para a classificação coxa-branca a segunda final consecutiva na Copa do Brasil. "Me imagino batendo uma falta, ou levantando a bola para alguém cabecear e fazer o gol", cita o meia.

Mas nem mesmo diante do que pode ser o último jogo da carreira, com o sentimento à flor da pele, Tcheco altera sua postura de liderança. Até fora do time, ele só fala em ajudar. "Nunca se sabe o time que o técnico vai escalar, há várias opções. Espero pelo menos estar no banco e quem sabe entrar no segundo tempo, já com uma vantagem de 1 a 0 para a gente, em uma situação em que eu possa ajudar", fecha.

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