O Coritiba apresentou na tarde desta sexta-feira (11) o técnico Gilson Kleina, que retorna ao Alviverde depois de 16 anos – foi seu primeiro clube como preparador físico –, para assumir o desafio de reconstruir o futebol no clube e levar o time ao título do Campeonato Paranaense em 2016. Este é o primeiro objetivo.
“Precisamos trabalhar em cima da conquista do primeiro campeonato que tivermos. Assim reformula o futebol e dá consistência para se formar um time vencedor”, disse o treinador. “Temos que alicerçar o nosso trabalho. Trabalhar para construir um time vencedor.”
Kleina chegou para substituir o interino Pachequinho, um dos responsáveis diretos por salvar o Coxa do rebaixamento no Brasileirão. O treinador fez questão de explicar que só aceitou o convite após conversar com seu novo auxiliar. “A primeira pergunta que eu fiz à diretoria foi porque não mantiveram o Pacheco. Depois falei com ele, ele disse que se acertou com a diretoria, e só aí decidi aceitar”, contou Kleina.
O novo treinador comemorou o fato de iniciar um trabalho ainda no final desta temporada. Para ele, a chance de o projeto dar certo aumenta consideravelmente. “Todo treinador quer um início de trabalho assim. Nas vezes em que isso acontece, a probabilidade de êxito é maior. Você consegue entender o elenco, identificar carências e características. Se há um conceito e se precisa mudá-lo ou não”.
Kleina garante que irá se reunir com Pachequinho, outros membros da comissão técnica e o diretor de futebol Valdir Barbosa ao longo da próxima semana para conversar sobre o trabalho desenvolvido até aqui e sobre providências a serem tomadas, especialmente em relação a reforços. “Só posso fazer uma análise profunda do elenco depois de conversar com os profissionais do clube”.
O novo treinador, que esteve à frente do Avaí durante 34 rodadas do Brasileirão, mostrou-se incomodado com a relação de seu nome com o rebaixamento do time catarinense e outras quatro equipes. Segundo ele, o time esteve somente uma vez na zona do rebaixamento sob seu comando. Embora admita sua parcela de culpa, considera injusto criar este estigma.
No Coritiba ele espera promover uma reconstrução de todo o futebol alviverde, em moldes semelhantes ao que construiu na Ponte Preta e no Palmeiras. No time de Campinas Kleina afirma que começou um trabalho do zero e deixou a equipe na 7.ª colocação do Brasileiro para assumir o Palmeiras. No Alviverde paulista assumiu um time praticamente rebaixado das mãos de Luiz Felipe Scolari, conseguiu o título da Série B e levou a equipe para a Libertadores.
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“Estou voltando depois de 16 anos de experiência em que busquei esse alicerce para minha carreira. Estou muito feliz e espero que no final do ano possa dar uma grande entrevista falando sobre o calendário espetacular que conseguimos para 2017”, concluiu.