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Técnico interino Tcheco vai para seu segundo jogo fora de casa no comando do Coritiba. No primeiro empatou com o Inter | Brunno Covello / Gazeta do Povo
Técnico interino Tcheco vai para seu segundo jogo fora de casa no comando do Coritiba. No primeiro empatou com o Inter| Foto: Brunno Covello / Gazeta do Povo

Desfalque

Sem Deivid, suspenso, Coritiba perde eficiência no ataque

O Coritiba vai buscar a vitória sobre o São Paulo sem o seu atacante mais eficiente. Deivid, que marcou um gol e deu uma assistência na vitória por 2 a 1 sobre o Botafogo, recebeu o terceiro cartão amarelo e está fora da "decisão".

Neste Brasileirão, mesmo ficando afastado por 18 rodadas devido a uma lesão no joelho, segue como o atacante do time que mais anotou: cinco vezes. Na sequência aparecem Julio César e Geraldo, ambos com três, prováveis titulares em Itu. Bill e Keirrison fecham a lista com um gol cada.

Não são só nos números absolutos que ele vence a briga. Na média, Deivid precisa de 242 minutos para anotar. Os concorrentes, com pelo menos dez jogos disputados, estão abaixo: Julio César (338 minutos), Geraldo (463) e Bill (713).

O Coritiba depende das próprias forças para permanecer na Primeira Divisão. O problema é que vai jogar a vida fora de casa. Em Itu, contra o São Paulo, no domingo, às 17 horas, o Alviverde vai carregar mais uma vez o péssimo rendimento como visitante e ficar na esperança de que na "decisão" a história seja diferente. Para escapar tranquilo, tem de vencer. Se não triunfar, vai precisar torcer por uma derrota do Vasco para o Atlético e de no máximo um empate do Fluminense com o Bahia.

O desempenho coxa-branca longe do Couto Pereira é ridículo. Em 18 partidas, venceu apenas uma – o Grêmio, na 12.ª rodada, em 8 de agosto –, empatou sete e perdeu dez. Isso dá um aproveitamento de 18,5%. Só não é pior que o Náutico como visitante. Em compensação, é o time que menos venceu como forasteiro – o Timbu tem dois triunfos.

O que pode animar é que, nas duas últimas partidas como visitante, o Alviverde esboçou ligeira melhora: empatou contra Portuguesa e Internacional, ambos por 0 a 0.

Essa sina de ser inofensivo fora de casa não é nova. Desde 2003, quando o Brasileirão passou a ser disputado por pontos corridos, tem sido assim. Naquele ano conquistou 36% dos pontos. Rendimento que foi caindo com o passar do tempo, chegando aos 19% em 2009, ano em que foi rebaixado. Em 2005, quando também deixou a elite, foram 25% dos pontos fora de casa.

O técnico interino Tcheco rejeita esse retrospecto. Desde que assumiu o time há duas rodadas, tem tentado tirar o peso das costas dos jogadores. "Temos de esquecer as estatísticas, que o Coritiba não vence fora desde o Grêmio. Isso não interessa. A cabeça dos jogadores tem de estar voltada só para o jogo", disse.

Porém, há ainda outra estatística que torna mais complicada a vida do Coritiba no domingo. Há 20 anos o São Paulo não perde no Estádio Novelli Júnior, em Itu. O último revés ocorreu em 16 de abril de 1993, quando perdeu para o Ituano por 1 a 0. De lá para cá, foram oito jogos na cidade, com seis vitórias e dois empates.

Há também um terceiro motivo que amplia a dificuldade coxa: o técnico são-paulino Muricy Ramalho avisou que o Tricolor vai jogar com seriedade, mesmo sem objetivo algum no campeonato. "Temos de jogar futebol. Os jogadores não vão entrar em campo apenas para cumprir tabela. Isso não existe", garantiu.

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