Um detalhe nos uniformes da equipe sub-17 do Coritiba chamou a atenção na vitória por 2 a 1 sobre o Paraná , na última sexta-feira (4), no Couto Pereira, no jogo de ida da final do Estadual da categoria: os meninos coxas-brancas atuaram com produtos da Nike, antiga fornecedora de materiais esportivos do clube.
Em janeiro deste ano, o Alviverde assinou contrato com a alemã Adidas até o fim de 2018. Em maio, o time profissional estreou os produtos da nova fornecedora, na vitória por 1 a 0 sobre o Cruzeiro, dia 14 de maio, na abertura do Campeonato Brasileiro . Seis meses depois, entretanto, as equipes de base seguem sem os materiais da nova marca.
TABELA: Confira a classificação da Série A
Segundo o Coxa, a demora na chegada dos itens da Adidas para as categorias de base estava prevista e não gerará nenhum problema contratual com a norte-americana Nike, que supriu o clube entre 2012 e o início de 2016.
A previsão coxa-branca é de que nos primeiros meses de 2017 a situação seja regularizada e todas as equipes do clube passem a vestir exclusivamente a marca alemã. “Esse ano jogaram com Adidas as equipes profissional e sub-20. O clube tinha ciência dessa situação. Está dentro do cronograma”, afirma o Coritiba, via assessoria de imprensa. A Adidas confirma o cenário.
“Em 2016, o foco esteve no fornecimento para o time principal e consumidores, onde foram feitos três lançamentos, além de uma edição especial em homenagem ao Outubro Rosa”, diz a marca, via assessoria de imprensa. “O planejamento inicial levou em conta a uniformização da base até o próximo ano”, completa o texto.
A convivência entre Nike e Adidas no Couto Pereira teve um episódio envolvendo o então técnico interino Pachequinho. Em uma coletiva de imprensa em junho, o ex-jogador compareceu vestindo boné da Nike e agasalho da Adidas, gerando uma saia-justa.
Na ocasião, o Coxa explicou que parte dos materiais da Adidas, dentre eles os bonés, ainda não havia chegado ao Alto da Glória. Agora, o clube assegura que o time profissional e a equipe sub-20 têm à disposição todo o repertório da marca alemã, faltando apenas a extensão do fornecimento para as equipes mais jovens.
Apesar de curiosa, a situação não é exclusividade do Coxa. A demora para novos materiais chegarem às categorias de base após uma mudança de fornecedora esportiva acontece com frequência no futebol brasileiro.