A ideia de construir um novo estádio para o Coritiba, defendida semana passada pelo novo integrante do G5 alviverde, o ex-ministro da Saúde Alceni Guerra, teve impacto dentro do clube. Um grupo de conselheiros influentes e ex-presidentes procurou o vice-presidente para apoiá-lo na busca de recursos após a declaração sobre o novo estádio dada à Gazeta. “É um projeto a médio e longo prazo, mas já recebemos a procura de gente interessada em patrocinar um plano diretor para um novo estádio”, revela Alceni.
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A proposta é erguer uma nova arena padrão Fifa. Entretanto, seriam feitos estudos de viabilidade para definir o local: a própria área onde está o Couto Pereira, no bairro Alto da Glória, ou um novo terreno. “Estamos com a cabeça nas nuvens, mas os pés no chão. Vamos pensar grande, sem descuidar da realidade. Nos últimos 50 anos tínhamos o estádio melhor do que o do Atlético. Ficamos para trás, mas vamos passá-los novamente”, confia o vice-presidente. “Se a ideia era provocá-los [torcedores ilustres], deu certo. Grandes coxas influentes de todas as áreas se mostraram simpáticos à ideia”, diz.
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A repercussão da entrevista da semana passada, quando disse que o Coritiba precisava imitar o Atlético para evoluir, gerou a reclamação de muitos torcedores pela comparação com o rival . Mas nada que abale a confiança do novo integrante do G5. “A repercussão emocional foi muito negativa, como eu já esperava. Mas precisávamos plantar a semente para fazer o Coritiba pensar grande de novo”, reforça.
O dirigente garante que a prioridade dentro do Coxa no momento é evitar a queda para a Série B, mantendo as contas do clube em dia. Entretanto, aponta Alceni, começar o levantamento para o plano diretor do novo estádio não geraria custo algum. “Estamos na fase de contatar patrocinadores para o plano. Não temos folga financeira para isso. Mas é nessas horas de crise financeira que você procura achar as melhores soluções”, enfatiza.
Antecessor de Rogério Bacellar na presidência do Coritiba, Vilson Ribeiro Andrade também chegou a levar adiante a proposta de um novo estádio quando presidiu o Coritiba. Entretanto, ressalta, o momento atual é outro e recomenda cautela. “Era um momento diferente, pois havia uma intenção de financiarem o estádio, com juros bem atrativos, em função da Copa do Mundo. Mas hoje vivemos uma crise terrível. O Brasil vive uma recessão. É momento de apertar os cintos, cortar gastos. Não é momento de um investimento desse. Não tem clima para isso no futebol”, avalia.
Como não pôde erguer um novo estádio, a gestão de Vilson ficou marcada pela construção do setor Pro Tork. Em maio desse ano, o Coritiba revisou os termos do contrato com a empresa de acessórios de motos que financiou o projeto. Por três anos, o clube pagará à empresa os juros do empréstimo para a obra. Somente depois começa o pagamento do capital. Pelo acordo inicial, Pro Tork e Coritiba dividiriam meio a meio o lucro do setor. O balanço patrimonial indica que a dívida do Coxa com a Pro Tork em 31 de dezembro de 2014 era de R$ 20,4 milhões.
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