Quando faltavam apenas cinco dias para o Atletiba que pode decidir o segundo turno do Paranaense, ontem, o Atlético finalmente achou um lugar para mandar o jogo. A Vila Olímpica, estádio do Paraná, será o palco da principal partida do futebol local se não houver objeção por parte da Polícia Militar, a Federação Paranaense de Futebol (FPF) irá homologar hoje o local. Será a primeira vez que rubro-negros e coxa-brancas se enfrentam no Erton Coelho de Queiroz.
O superintendente-geral do Tricolor, Celso Bittencourt, deu detalhes de como foi a negociação. "Nós acertamos tudo nesta tarde [de terça], incluindo o que estava pendente", afirmou, sem revelar valores.
Dentro deste contexto está o acerto de uma dívida de R$ 75 mil do Furacão referente ao jogo contra o Barueri, disputado no dia 1.º de junho de 2012 na Vila Capanema, pela Série B. Para o clássico de domingo, a Vila Olímpica terá capacidade para 8 mil pessoas, sendo 7.200 para a torcida do Atlético e 800 para os fãs do Coritiba.
A definição põe fim a uma série de especulações em torno do jogo. Com a Arena em reforma para a Copa, a Vila Capanema fechada para a troca de gramado e com o Ecoestádio, casa provisória rubro-negra, vetado por questões de segurança, sobraram poucas opções ao Furacão.
Para que o confronto não saísse de Curitiba Ponta Grossa e Paranaguá foram lembradas nos bastidores , a única opção passou a ser o Couto Pereira, justamente o estádio do arquirrival. Possibilidade que ruiu com a falta de acordo entre as diretorias. O presidente alviverde, Vilson Ribeiro de Andrade, diz que nem sequer foi procurado pelo "outro lado". "[A Vila Olímpica] foi o único estádio que restou. Mas esse não é um problema do Coritiba e sim da Polícia Militar e da Federação", afirmou o dirigente.
A precaução em torno da batida de martelo definitiva se deve ao fato de, na semana passada, o Major Dorian Nunes Cavalheiro, da PM, ter dito que a Vila Olímpica não seria o palco ideal para o Atletiba pelas dificuldades de acesso e pela possibilidade do encontro das duas torcidas no terminal do Boqueirão, vizinho ao estádio.
Procurada pela reportagem, a PM informou, por intermédio da assessoria de imprensa, que se pronunciará sobre o assunto apenas hoje.
Já o Ministério Público do Estado do Paraná (MP-PR), um dos responsáveis por vetar o Ecoestádio, avisou, também pela assessoria de imprensa, que a definição ficará a cargo da Polícia Militar.
Para a instituição, porém, só o fato de o clássico não ser no estádio do Barigui já é satisfatório. O veredito final do MP só será dado após a reunião entre torcidas e polícia, ainda sem data para ocorrer.