Vaias e gritos de vergonha. Mais uma vez esse foi o desfecho de um jogo do Coritiba no Campeonato Brasileiro de 2015. Nesta quarta-feira (8), o Alviverde empatou por 0 a 0 com a Ponte Preta e completou três jogos sem gols. Na rodada passada, empatou pelo mesmo placar com o Joinville, e no jogo anterior, perdeu para o Atlético-MG por 2 a 0. O resultado mantém o time na zona do rebaixamento, agora na antepenúltima colocação, com nove pontos.
TABELA: Confira a classificação do Campeonato Brasileiro
O Coritiba tem o terceiro pior ataque do Brasileirão com apenas sete gols. No jogo contra a Macaca foram 19 finalizações, nove delas a gol, contra cinco da Ponte.
O principal alvo com falta de gols do Coxa mais uma vez foi Rafhael Lucas. O atacante, assim como contra o Joinville, perdeu uma chance na cara do gol. Ao ser substituído por Paulinho, mais uma vez foi vaiado. Marcos Aurélio outra vez criou as melhores chances, mas desperdiçou todas.
Não foram só os atacantes que erraram diante da Ponte. O Coritiba falhou muito na criação, o que dificultou um melhor aproveitamento à frente. Foram 52 lançamentos, 37 errados. Já nos cruzamentos o time abusou de desperdiçar boas chances. Em 24 cruzamentos, errou 21.
“Precisamos de uma força ofensiva maior e isso só se consegue nos treinos e com a conscientização dos atletas”, avaliou o técnico Ney Franco.
Para o treinador, o time encontrou dificuldades para se organizar no início. Depois dos 20 minutos, o Coxa evoluiu, segundo Ney Franco. “Quando alteramos o posicionamento, o jogo ficou equilibrado, muito tático e até truncado. No segundo fomos melhor que a Ponte”.
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O gol alviverde não saiu muito pelo esforço do zagueiro Pablo. Duas vezes – uma com Marcos Aurélio e outra com Esquerdinha – ele se jogou e interceptou os arremates. “Não adianta ficar lamentando. Temos que nos recuperar rápido”, disse o meia Lúcio Flávio.
No fim do jogo, os cerca de 7 mil torcedores que foram ao Couto cobraram o time com mais força do que no jogo passado. “As cobranças são justas. Nós temos que jogar, e eles, que cobrar. Vamos trabalhar para tentar mudar isso”, avaliou Thiago Galhardo.
O meia tinha se irritado com as perguntas sobre o baixo aproveitamento do ataque já na véspera do jogo com a Macaca.
“Se tivessemos vencido o Joinville não teríamos essa pergunta. Mas com certeza quinta-feira vocês vão nos perguntar sobre o bom jogo que fizemos e como é sair da zona do rebaixamento”, previa o jogador.
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Não só a previsão deu errado como o Coritiba ficará pelo menos mais uma rodada na zona de rebaixamento. A diferença para o 16.º colocado é de quatro pontos.
No domingo (12), o Coxa enfrenta o São Paulo, no Morumbi, às 11 horas. Ney Franco espera uma mudança de atitude dos jogadores nos dois próximos jogos, ambos fora de casa - o outro será com o Figueirense. “Temos que arrumar uma maneira de pontuar fora de casa. Nosso índice é muito baixo. Vamos adquirir força para tentar um jogo consistente contra o São Paulo e, por que não, surpreender no Morumbi”, comentou.
Confira os destaques da partida:
Chave do jogo
A reorganização defensiva do Coritiba. Sufocado nos primeiros 25 minutos, só conseguiu retomar o controle (estéril) do jogo após o técnico Ney Franco mudar o posicionamento de Alan Santos. A mudança se efetivou com a saída de Rodrigo Ramos no intervalo.
Craque
Foi o jogador que mais tentou algo no Coritiba. Foram nove finalizações no total do atacante. As melhores chances do time no segundo tempo, sem que nem uma ao menos furasse a defesa da Ponte Preta.
Bonde
Lento na marcação, deu as costas para a Ponte Preta pressionar no primeiro tempo. Saiu no intervalo e, a partir dali, o Coritiba reorganizou o seu setor defensivo.
Guerreiro
Além de compor a zaga com eficiência durante o jogo, salvou dois “quase gols” do Coritiba, um com Marcos Aurélio, outro com Esquerdinha.
Cartões
Thiago Galhardo, Alan Santos, Henrique e Norberto
Renato Chaves, Diego Oliveira, Renato Cajá, Pablo e Biro Biro
Próximos jogos
São Paulo (fora), Figueirense (fora), Corinthians (casa)
Atlético-MG (casa), Joinville (fora), Internacional (casa)