Registro expressivo no currículo e um reforço financeiro no bolso estão garantidos a quem levantar a taça do Paranaense. Operário e Coritiba preparam os caixas para garantir premiação e turbinar os jogadores na luta pela conquista do campeonato. O jogo de ida da decisão ocorre neste domingo (26), às 16 horas, em Ponta Grossa.
O montante ventilado nos bastidores alviverdes seria de R$ 300 mil a serem divididos no caso do resgate da hegemonia estadual. O vice-presidente Ernesto Pedroso não fala em valores e disse que a premiação será discutida após a decisão.
Ele trata com cuidado o assunto. “Tivemos uma palestra com psicólogos que falava sobre isso. Quanto mais se promete, mais pressão se faz, mais a perna pesa num momento decisivo”, disse. “Primeiro vamos ser campeões. Depois discutimos isso”, acrescentou.
Ingressos
Os ingressos de meia-entrada para as torcidas de Coxa e Operário acabaram na sexta-feira. Ao todo, cerca de 3 mil bilhetes foram vendidos para a decisão até agora. Neste sábado (25), no Couto Pereira, serão vendidas as cerca de 200 entradas inteiras que restaram para os visitantes.
A prática do pagamento de bichos (prêmio por vitórias) estava em desuso na gestão do ex-presidente Vilson Ribeiro de Andrade desde o período em que Felipe Ximenes geria o futebol alviverde.
O clube recorria à medida em casos extremos. Se houvesse um jogo difícil, se o time estivesse com a corda no pescoço, ameaçado pelo rebaixamento, por exemplo, então dava-se um jeito. Arranjava dinheiro e pagava.
As premiações por títulos foram mantidas, mas sofriam atrasos. Tanto que ao deixar o clube em fevereiro de 2014, um dos itens cobrados na milionária ação judicial ingressada pelo atacante Deivid contra o clube era relativo ao prêmio pela conquista do Paranaense de 2013.
Os bichos retornaram na nova administração do Coritiba. Na classificação carregada de emoção sobre o Londrina na semifinal, após toda a tensão na partida anterior no Estádio do Café, o dinheiro foi entregue aos atletas ainda no vestiário do Alto da Glória. O famoso “bicho molhado”.
“Foi uma iniciativa pessoal, de um grupo, não do clube. Nos cotizamos para fazer um reconhecimento aos meninos naquele jogo”, contou Pedroso.
O Operário também terá um incentivo garantido se desbancar o Coxa na final. Não com o mesmo vulto da capital, mas também robusto.
“Com certeza será um valor que vai motivar os atletas”, prometeu o diretor financeiro do Operário, José Marcos Marchiori, dono do Lojão do Keima – um dos principais patrocinadores do Fantasma.
Ele é um dos 40 empresários que ajudaram a bancar a campanha do Operário na temporada. Cada um contribui com R$ 2 mil, totalizando R$ 80 mil por mês. Com 10 marcas no uniforme, o time totalizou cerca de R$ 1 milhão por sete meses de patrocínio.
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