A entrevista em Ponta Grossa era para promover a final do Campeonato Paranaense, entre Coritiba e Operário. Mas o vice-presidente de futebol do Coritiba, Ernesto Pedroso, aproveitou para criticar o atual formato da competição e pedir a volta de torneios que ultrapassem as fronteiras do estado.
“O calendário nos penaliza muito forte. A ideia é ter um Paranaense sub-23, com dois turnos corridos, que revele jogadores. E termos quatro cinco times de cada estado para fazer uma Copa Sul-Rio ou Sul-Minas”, defendeu. “No Nordeste já tem a Copa do Nordeste. Então temos que nos unir. Impossível fazer o futebol com esse orçamento que a Federação nos apresenta”, acrescentou.
A reclamação do dirigente é com a falta de atratividade do Estadual, tanto em termos de patrocínio quanto de público. Para esse segundo ponto, destacou a baixa presença de torcedores no confronto entre os dois finalistas, na primeira fase. “Fizemos um jogo com 2 mil pessoas no início do ano porque caiu uma chuva e o público não acreditou que o espetáculo seria bom”, lembrou.
Segundo Pedroso, é preciso mudar o cenário para que os times paranaenses voltem a ter relevância nacional. Atualmente, destacou, os vizinhos catarinenses têm quatro equipes na elite do futebol brasileiro, enquanto o Paraná tem apenas dois.
O diretor financeiro do Operário, José Marcos Marchiori, dono do Lojão do Keima – um dos principais patrocinadores do time alvinegro –, concordou que é necessário a união para que os clubes paranaenses possam crescer e não descartou a ideia de o Fantasma apoiar um torneio entre estados.
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