Primão
O meia foi testado pelo técnico Zé Carlos no treino realizado ontem no CT da Graciosa na equipe que pode ser a titular do Coritiba na estreia do Paranaense, contra o Maringá, domingo, às 17 horas, no Willie Davids. Primão, 20 anos, pouco apareceu em 2013, mas também pode ser considerado um "repetente". Ele jogou apenas duas partidas do Paranaense do ano passado. O técnico Zé Carlos escalou o Alviverde com a seguinte formação: Tadeu; Rhuan, Wallysson, Bomfim e Timbó; Artur, Djair, Dudu, Thiago Primão e Zé Rafael; Keirrison.
Douglas Coutinho cumpriu quase todo o roteiro com perfeição. Aproveitou cada minuto saindo do banco de reservas até virar titular. Quando entrou no time, o Atlético só vencia se ele estivesse em campo desde o início. E marcando gols. Um, dois, três 11. Foi artilheiro do time, terceiro maior do campeonato. Revelação. Promovido ao elenco principal. Faltava consolidar a ascensão. Processo prejudicado por uma contusão no quadril, que mandou o atacante de volta ao ponto de partida.
O Paranaense-2014 testará a perseverança de algumas revelações da dupla Atletiba. Em graus diferentes, os rubro-negros Douglas Coutinho e Marcos Guilherme e os coxas-brancas Bonfim e Djair tentarão dar um final diferente ao laboratório e fixar-se no elenco principal.
Coutinho fechou o Estadual passado como o mais valorizado jogador do sub-23 do Atlético. Reflexo de um esforço que cobrou sua conta. Uma fissura no osso da bacia, que já incomodava no final do Paranaense, deixou o atacante sem poder jogar por 90 dias. Quando ele voltou, o técnico não era mais Ricardo Drubscky, que o havia promovido, mas sim Vagner Mancini. A porta estava fechada por ele ser muito jovem.
Restou a Douglas Coutinho, que completará 20 anos no dia 8 de fevereiro, retornar ao sub-23. Uma volta diferente. O atacante não é mais um desconhecido. Também já colheu os primeiros frutos do bom futebol apresentado, um reajuste salarial, segundo seu empresário, Tarciano Pimenta, de 200%. Mas ainda quer mais.
"Ele está motivado. Teve muitas conversas de clubes de Europa, mas ele tem consciência de que precisa se firmar e fazer o nome no Atlético", diz Pimenta, que cita uma fonte extra de ânimo para todo o grupo rubro-negro. "Todo grupo está motivado por trabalhar com o Petkovic [técnico do sub-23 e gerente das categorias de base]. Foi um jogador de renome, que eles viram jogar. Uma inspiração."
Inspiração para o atacante Coutinho, espelho para o meia Marcos Guilherme. "Jogo na mesma posição que ele jogou, mas com característica diferente. O Petkovic é muito detalhista, corrige muito os jogadores", afirmou ao site oficial do Atlético o jogador de 18 anos, escalado até na lateral esquerda por Arhur Bernardes. "Estou mais maduro, mais preparado, espero fazer melhor que ano passado."
A maturidade que Marcos Guilherme desenvolveu no Atlético Djair foi buscar fora. Titular do Coritiba nas primeiras partidas do Paranaense-2013, o meio-campista não teve espaço na equipe principal. Caiu na estrada. Defendeu Joinville e ASA. Aprendeu na derrota.
"A gente caiu [para a Série C], amadureci bastante. Você cresce como pessoa, passa a ver o futebol de outra maneira, entende que não é só alegria", diz. "Vou entrar mais determinado nestes jogos para ter a sequência que nunca tive no Coritiba", planeja.
No caso alviverde, são cinco jogos. No Atlético, o campeonato inteiro. Com mais ou menos tempo, o objetivo e a forma de encarar a chance são a mesma.
"Comecei o Paranaense ano passado e todo mundo dizia que era um time B, de onde saíram Robinho, que foi um dos nossos principais jogadores; Chico, que teve uma boa sequência; e Júnior Urso", cita o zagueiro alviverde Bonfim, antes de formular um mantra para os garotos de primeira ou segunda época da dupla. "Tem de jogar como se fosse uma Copa do Mundo."