Pedroso: fase atual pior do que na gestão de Vilson.| Foto: Josue Teixeira/Gazeta do Povo

O Conselho Administrativo que assumiu o Coritiba em dezembro foi reduzido a pó. O 3º vice, Ernesto Pedroso, responsável pelo futebol, renunciou ao cargo nesta segunda-feira (6). Sai com ele em solidariedade o 2º vice, Gilberto Griebler. Em maio o 4º vice, Ricardo Guerra, já havia pedido para sair. Do G-5 eleito há menos de oito meses, restam o presidente, Rogério Bacellar, e o 1º vice, André Macias.

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Pedroso sucumbiu diante da pressão de conselheiros pela sua saída. Nomes da situação organizaram um abaixo-assinado pedindo sua cabeça, seguido por parte da oposição. A lista estava na secretaria do clube.

“Soube do abaixo-assinado e, 15 minutos depois, entreguei minha renúncia. Para me tirar só precisa de uma assinatura, a minha. Não estou a fim de ser enxovalhado”, disse Pedroso.

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A pressão era crescente sobre Pedroso desde a perda do Paranaense. Na sua carta de demissão entregue junto com a renúncia de Guerra, o CEO João Paulo Medina acusou falta de convicção da direção no projeto elaborado por eles.

O começo ruim no Brasileiro fez Pedroso mudar a política de contratações. Passou a buscar nomes de maior experiência, como os meias Lúcio Flávio e Marcos Aurélio, o goleiro Wilson, o atacante Kléber Gladiador e o lateral Léo Moura.

Um conselheiro chegou a ligar para Bacellar pedindo a cabeça do vice-presidente para seguir apoiando a atual gestão. Um grupo de cinco conselheiros foi ao presidente pedir a descentralização do departamento. Conseguiram.

Na semana do Atletiba, foi montada uma comissão com a presença de Pierre Boulos (substituto de Guerra) e Arthur Klas. Agora, é provável que Boulos seja o homem do G-5 no futebol. Apenas mais uma etapa na reforma do departamento. A onda de insatisfação deve derrubar o gerente de futebol Mario Mazucco e dar mais poder ao gerente Maurício Andrade.

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“Esse Conselho Deliberativo do Coritiba é o mais rigoroso da história. Não brinca em serviço, não aguenta assistir de camarote”, disse o presidente do parlamento alviverde, Pierpaolo Petruzziello.

Ele, Macias e Boulos fazem parte do grupo político que Pedroso acusa de ter articulado sua saída. “É um grupo muito radical. Difícil de conviver”, disse o agora ex-vice. “Ninguém pediu a cabeça do Pedroso”, negou Petruzziello, que vê provável homogeneidade no G-5 a ser remontado.

“Vamos ter um grupo homogêneo, mas não necessariamente com as mesmas ideias. O importante é o Coritiba parar de sangrar”, finalizou.