Depois de o governo do Paraná sinalizar um acordo para aumentar o repasse de dinheiro para ajudar a fechar o rombo nas contas do Atlético pela reforma da Arena da Baixada, o Coritiba aumentou a vigilância para também obter recurso público para reformar o Couto Pereira. O Alviverde espera o momento certo para exigir do poder público as mesmas benesses e concessões feitas para o rival.
De acordo com o vice-presidente Coxa, Alceni Guerra, o clube vai aguardar a conclusão do plano diretor que está sendo feito sobre o destino do Couto. “Temos um grupo trabalhando na elaboração desse plano diretor para descobrir o quanto podemos pleitear em cada situação. Depois disso, vamos exigir apenas o que prevê a lei em se tratando de verbas públicas, ou seja, a equidade”, contou.
Com bate-boca, vereadores debatem potencial construtivo para Coritiba e Paraná
Leia a matéria completaO Coritiba estuda três possibilidades: uma ampla reforma do Couto Pereira, a construção de um estádio do zero no mesmo espaço no Alto da Glória ou um novo estádio em outro local. Independente da opção, o clube acredita que ter os mesmos benefícios que o Atlético é uma questão básica. “Quando um clube ganha algo do poder público, o outro tem que ter igual benefício. Além de estar na lei, é moral e ético”, acrescenta Guerra.
A espera em se lançar publicamente na briga pelos títulos de potencial construtivo, que foi o benefício dado pelo poder público ao Atlético, se justifica pelas inúmeras possibilidades que o Coritiba pode ter.
“Quando um clube ganha algo do poder público, o outro tem que ter igual benefício. Além de estar na lei, é moral e ético”
“Por exemplo. Se ficar decidido que temos que construir um estádio novo no mesmo local. Aquela região tem restrições da prefeitura no que diz respeito à mobilidade urbana. Ao invés de potencial construtivo, podemos pleitear alguns ajustes neste tipo de proibição que hoje impede esta obra”, explica o cartola coxa.
No último dia 15, a prefeitura de Curitiba foi notificada pela Casa Civil do governo estadual para que se manifestasse sobre a possibilidade de também ampliar sua participação no custeio das obras da Arena da Baixada. O orçamento inicial, de R$ 184,6 milhões, previa a divisão igualitária dos valores entre o governo, prefeitura e Furacão. Em 2012, durante a CPI estadual sobre a Copa, o presidente do Atlético, Mario Celso Petraglia, afirmou que o clube arcaria com as eventuais diferenças de valores.
O valor final da obra, entretanto, ficou em R$ 346,2 milhões e o Estado mostrou-se disposto a conversar sobre um pagamento maior do que já fez. Na notificação ao município, inclusive, o estado sugere que a prefeitura emita mais potencial construtivo para fechar a conta do orçamento final da Arena. O muncípio, entretanto, não não foi simpática à ideia lançada pelo governo estadual.
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