A Copa Sul-Minas-Rio está mais perto de sair do papel e fazer parte do calendário do futebol brasileiro já em 2016. Em reunião na sede do Flamengo, no Rio de Janeiro, na manhã desta quinta-feira (10), 13 clubes assinaram o primeiro estatuto da competição interestadual, que será encaminhado para a CBF ainda nesta quinta-feira.
A competição poderá servir como embrião de uma futura liga nacional organizada pelos clubes. Em agosto, o presidente da entidade que rege o futebol brasileiro, Marco Polo Del Nero, resolveu dar mais espaço aos dirigentes e instituiu a Comissão Nacional de Clubes, que passaria a tomar conta das competições nacionais, deixando a CBF responsável somente pela seleção.
Na saída do encontro, o presidente do Cruzeiro, Gilvan Tavares, confirmou ao site Globoesporte a intenção. “É um passo gigantesco nesse sentido. Vamos alertar outros clubes sobre essa necessidade. Nada impede que amanhã a gente admita outros clubes, para daqui a pouco ter todos participando”, diz.
Fortalece esta possibilidade o discurso do presidente da Federação Catarinense de Futebol, Delfim Peixoto,que não descartou a chance de times paulistas se unirem à liga nos anos seguintes.
“A princípio, seria Sul-Minas, mas houve interesse de outros clubes. Sobre os paulistas, nada impede que eles tenham interesse de participar. Para 2016, acho que é difícil, mas, para o próximo ano, seria até importante a participação deles”, afirmou.
Os fundadores da Sul-Minas-Rio são Atlético, Coritiba, Grêmio, Internacional, Atlético-MG, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Joinville, Chapecoense, Criciúma, Avaí e Figueirense. Ainda de acordo com Delfim Peixoto, a intenção é de que a primeira edição do torneio seja disputada no primeiro semestre do ano que vem.
“Foi aprovado o regulamento de criação da Liga. Até o final desse mês uma comissão definirá o regulamento e a tabela. Teremos uma reunião em Santa Catarina nos próximos 15 dias para referendar isso. Nesse ínterim, a Liga já estará registrada em cartório. Aí só faltará levar a documentação para que a Confederação Brasileira de Futebol [CBF] aprove”, explica Delfim, que diz não acreditar que a CBF vete a disputa.
“Tudo pode acontecer, mas acho meio difícil o presidente da CBF [Marco Polo Del Nero] enfrentar tantos clubes. É uma competição que já existia e está voltando”, confia o cartola.
A primeira edição contaria com dez participantes — dois de cada Estado — e oito datas. Participariam Atlético, Coritiba, Atlético-MG, Cruzeiro, Grêmio, Internacional, Figueirense, Criciúma, Flamengo e Fluminense. A definição dos participantes seguiria a posição dos clubes no ranking nacional da CBF. Delfim também comentou a possibilidade de Paraná e América-MG, aderirem à Liga.
“Ficou definido que, se Paraná e América-MG quiserem entrar, eles poderão, porque já participaram de outras edições da competição. No futuro não haverá impedimento algum de outros clubes entrarem no bloco, mas terão de seguir a regulamentação e o estatuto. Só participam dois clubes de cada estado e o critério é o ranking nacional. O primeiro e segundo colocados de cada estado no ranking jogam a disputa”, argumenta.
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Estiveram presentes no encontro desta quinta, além de Delfim Peixoto, os presidentes do Atlético, Mario Celso Petraglia; do Cruzeiro, Gilvan Tavares; do Atlético-MG, Daniel Nepomuceno; do Fluminense, Peter Siemsen; do Avaí, Nilton Machado; do Figueirense, Wilfredo Brillinger; do Grêmio, Romildo Bolzan; além de Fernando Carvalho, que representou o Internacional.
Ficou definido que Gilvan Tavares, do Cruzeiro, será o presidente da nova liga. O vice é Nilton Machado, do Avaí e o secretário será o diretor-executivo do Coritiba, Maurício Andrade. O representante alviverde vê com otimismo a chance do Coxa agregar a Sul-Minas em seu calendário.
“Enxergo duas vantagens: a primeira é técnica. Você começa a trabalhar o ano com uma competição de bom nível, parecido com o da Série A, que é nossa principal competição. E a segunda é de âmbito financeiro, uma vez que a gente consiga negociar os recursos que se espera com a televisão”, diz Andrade.
Paraná
A possibilidade de entrada do Paraná no bloco da Liga Sul-Minas-Rio foi confirmada pelo presidente do clube, Luiz Carlos Casagrande, o Casinha. O cartola não esteve presente na reunião no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (10), mas, uma vez mais, colocou nas mãos do mandatário do rival Atlético, Mario Celso Petraglia, as esperanças paranistas de disputar o torneio.
No entanto, ao contrário do que argumentou o presidente da Federação Catarinense, Delfim Peixoto, Casinha tem esperanças de o Tricolor participar como terceiro clube paranaense já em 2016.
“Acabei de ser informado pelo Petraglia de que o Paraná será o terceiro clube do estado que vai participar da Sul-Minas, foi isso o que ele me falou. A princípio, a informação que o Petraglia me passou é de que estamos dentro para jogar”, diz Casinha.
“Há tempos estamos conversando com o Petraglia, assim como com representantes do Coritiba, e nos disseram que fariam todo esforço possível para que participássemos. Até porque o Paraná é um dos fundadores da primeira Sul-Minas e já foi vice-campeão de uma edição [na verdade, da Copa Sul, de 1999, antecessora da Sul-Minas]”, complementa Casinha.
Por outro lado, o representante do Coritiba no encontro, Maurício Andrade, admite não ter ouvido o tema da possível inclusão do Tricolor ser debatido na reunião desta quinta-feira.
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